Ameaçados de morte, líderes indiginas pedem diálogo com governo Bolsonaro.

- 21/02/2019 - 07:05


Líder do povo Paiter Suruí na terra indígena Sete de Setembro, em Cacoal (RO), e um dos conselheiros da Coiab, a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira; ele é ameaçado de morte por madeireiros desde 2005 e chegou a ser escoltado pela Força Nacional. Desde a década de 90, os Suruí tentam conter a extração ilegal de madeira na região.

A demarcação de terras indígenas e as tentativas de flexibilizar as permissões para exploração de recursos naturais em terras indígenas são as principais preocupações citadas por Almir sobre o novo governo. O alerta é semelhante ao de outras lideranças indígenas.

Aos 40 anos, Ninawá lidera o povo Huni Kui no estado do Acre e também denuncia sofrer perseguições de grupos armados desde 2012.

“Para o povo Huni Kui, a relação com o território é sagrada. Não é econômica. Na nossa visão, o índio não é nada sem o seu território”, afirma Ninawá, após ser questionado sobre a visita à Amazônia prestada pelos ministros da Agricultura, Tereza Cristina, e do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que publicou no seu Instagram uma foto posando à frente dos indígenas Parecis, no Mato Grosso.

“Alguns indígenas podem querer, podem aceitar [a exploração econômica nos seus territórios], mas isso não representa todos os indígenas. Há interessados em dividir os indígenas, mas nós defendemos o coletivo”, afirma Almir Suruí.


“Nós temos propostas para o desenvolvimento do país. Não digo que a floresta é intocável, digo que temos que conhecer os critérios para usar a floresta. E o povo Suruí pode ser exemplo para o Brasil conquistar seu espaço de liderar o modelo de desenvolvimento sustentável no mundo, unindo conhecimentos científicos e tradicionais”, ele propõe.

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