Depois de mais de um ano e dois meses tentando negociar com a prefeita Zulma Pinheiro e o irmão dela, Álvaro Pinheiro, que é o secretário da Educação, os trabalhadores em Educação de Itanhém decidiram entrar em greve por tempo indeterminado.
A decisão foi tomada pela categoria no início da noite desta terça-feira (20), durante uma assembleia extraordinária superlotada, na Escola Simplício Binas.
Recentemente, as aulas haviam sido paralisadas nos dias 15, 16 e 19. No ano passado a categoria também paralisou suas atividade e não obteve nenhuma resultado positivo para suas reivindicações.
Os profissionais da educação defendem valorização salarial dos servidores, regulamentação da Lei do Piso sobre a reserva de 1/3 da jornada para trabalhos técnicos, garantia de pagamento sem atraso, pagamento referente aos percentuais de novos títulos, disponibilidade de profissionais habilitados para a educação especial, sistematização do processo de formação continuada a todos os profissionais da rede municipal de ensino, além da melhoria da qualidade da merenda escolar, do transporte escolar e da infraestrutura das escolas.
“Houve participação expressiva da categoria e da comunidade”, disse Aurileide Alves da Silva, que é vice-coordenadora da APLB (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia). “Mediante a falta de proposta e comunicação da gestão municipal, o desfecho foi deflagração de greve por tempo indeterminado”, explicou.
Os vereadores André Correia (PHS), que representava o Blobo Parlamentar, e Valdemar Oliveira, o Dema (PT) estiveram na assembleia.
“Os professores não somente se preocupam com a questão pecuniária, eles também defendem a melhoria da qualidade do ensino, da merenda, do transporte e da infraestrutura das unidades de ensino”, opinou André, quando procurado pelo Água Preta News. “Essa luta dos professores é uma luta digna”, havia dito Dema na última sessão da Câmara Municipal.
Matéria Água Preta News