ITABELA - O acampamento Margarida Alves localizado às margens da BR -101, a 12 quilômetros da cidade de Itabela, com 1.150 famílias cadastradas, comemorou neste sábado (17) a farta colheita de abóbora. Mais de 20 toneladas do produto foi colhida pelas famílias do acampamento.
Os integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) se uniram e ocuparam a área que pertence à multinacional Veracel Celulose há menos de um ano. O local que era um campo verde de árvores de eucalipto foi batizado de acampamento Margarida Alves e se transformou em um espaço de preservação da vida e de produção de alimentos agroecológicos.
Desde que ocuparam a área, os camponeses estão trabalhando com práticas agroecológicas para descontaminar a terra. As famílias que ocuparam o local já colheram este ano a segunda safra de alimentos produzidos dentro do modelo de cultivo agroecológico.
As famílias do acampamento já plantaram milho, feijão de vários tipos, arroz, mandioca, batata doce, quiabo, melancia, amendoim e girassol. A produção é destinada ao autoconsumo dos trabalhadores e o excedente é comercializado na região.
De acordo com Vilma Mesquita, coordenadora do setor de produção do acampamento, existem duas formas de trabalhar dentro do movimento: o plantio pode ser feito de forma individual ou coletiva, onde todos plantam e colhem e os lucros são divididos entre as partes.