Pesquisa revela aumento das desigualdades sociais e de renda na Bahia em 2019

- 07/05/2020 - 06:41


A desigualdade entre ricos e pobres voltou a crescer na Bahia no ano de 2019. Os dados comprobatórios foram divulgados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) nesta quarta-feira (6).

Segundo o levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2019 os 10% de trabalhadores baianos com os maiores rendimentos recebiam, em média, R$ 6.920, enquanto os 10% com menores salários recebiam apenas R$ 137.

Também cresceu, segundo o levantamento, a diferença de rendimentos entre homens e mulheres. De 2018 para 2019, na Bahia, o rendimento das mulheres caiu 2,0% e o dos homens aumentou 7,5%. As mulheres passaram a ganhar 18,5% menos que eles.

A pesquisa avaliou também a desigualdade salarial entre trabalhadores a partir da perspectiva étnico-racial. Neste caso, o abismo entre a renda de trabalhadores pretos e brancos aumentou de 31.1% para 38,6%, em detrimento da população que se autodeclara preta.

Já a diferença no rendimento domiciliar demonstrou que 10% de residências mais ricas têm 67 vezes a renda dos 10% de residências mais pobres.

De acordo com a assessoria do IBGE na Bahia, “a desigualdade se aprofundou porque, embora tenha havido aumento dos rendimentos médios de trabalho para a maior parte das faixas de recebimento, inclusive para os que ganham menos, esse aumento foi mais expressivo justamente entre os que já ganhavam mais”.

Entre 2018 e 2019, na Bahia, o rendimento médio total de todas as fontes da população, que inclui, além dos salários, valores recebidos de aposentadorias, programas sociais, aluguéis, aplicações etc. voltou a crescer, após ter registrado queda na passagem de 2017 para 2018. Subiu de R$ 1.451 para R$ 1.504, aumentando 3,7%.

O avanço, segundo o órgão, foi no sentido contrário ao movimento verificado no país como um todo. No Brasil, o rendimento médio real de todas as fontes da população teve leve variação negativa entre 2018 e 2019, passando de R$ 2.247 para R$ 2.244 (-0,1%).

Apesar do avanço, o rendimento médio de todas as fontes na Bahia ainda era, em 2019, o 5o menor dentre os estados. Maranhão (R$ 1.223), Alagoas (R$ 1.348) e Piauí (R$ 1.385) tinham os menores rendimentos totais, enquanto Distrito Federal (R$ 4.189), São Paulo (R$ 2.891) e Rio de Janeiro (R$ 2.822) tinham os maiores.

O aumento no rendimento médio real de todas as fontes na Bahia no período foi puxado, principalmente, pelo avanço no valor das aposentadorias e pensões, que passou de R$ 1.465 para R$ 1.580 (+7,8%) e seguiu ganhando peso na composição dessa renda total.

Aposentadorias e pensões representavam, em 2019, 24,0% do rendimento médio de todas as fontes na Bahia.

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