A volta às aulas presenciais virou uma disputa política e que gera preocupação. No meio disso tudo, há alunos e professores que não estão sendo levados em consideração com os cuidados que o momento requer. Da maneira que querem fazer acontecer a volta as aulas, em meio a um momento que a doença vem crescendo e o número de mortes aumentando em todo pais, isso pode precarizar os alunos e os profissionais da educação.
Após um ano de aulas virtuais devido à pandemia do novo coronavírus, políticos querem a volta às aulas em todas as escolas no Brasil em março, conforme o calendário tradicional do ano letivo no país. Pouca são as cidades com condições de ter aulas presenciais. No Extremo Sul da Bahia além da falta de infra-estrutura existem a falta de hospitais e leitos para atender casos de covid.
Cada prefeito ou governador do país, com suas respectivas secretárias de saúde e educação, aplica as medidas que eles querem no projeto de retorno às escolas e da maneira que considera mais adequada para eles e não para a categoria, deixando de levar em conta a gravidade do momento em questão.
No entanto, a decisão de cada chefe de governo das cidades, adiantou, inclusive, reuniões de Conselho de Educação que em sua maioria age de acordo com o que os prefeitos e governadores determinam, para alinhar as políticas e medidas que garante a volta as aulas.
É lamentável a falta de alinhamento dos chefes de governo municipais e estaduais. Às vezes, priorizam mais as manchetes dos jornais do que as questões de fato, que são com as quais damos as melhores respostas à sociedade.
Se observado, o adiantamento das aulas para março não tem um acompanhado de um plano contundente sobre medidas de segurança contra os contágios da covid-19.
O plano de protocolo das secretarias de educação em sua maioria, colocam os professores sem outra opção, anão ser dar aulas mesmo eles achando que não estão seguros. Não existem um esclarecimento detalhado sobre os protocolos de segurança que pretendem aplicar para antecipar a volta às aulas presenciais.
O retorno é justificado apenas como à necessidade das famílias em enviar seus filhos pequenos à escola, e retomar a socialização, a aprendizagem e o papel social que o espaço escolar, de uma maneira ampla, desempenha e constrói. Contudo, a situação epidemiológica parece não justificar o retorno dos estabelecimentos educacionais antes do cumprimento do plano de vacinação para os docentes. A Bahia atualmente está em alerta vermelho de contágios.
Os trabalhadores da educação já mostram sua preocupação desde o começo do ano, quando algumas escolas foram reabertas em algumas cidades do Brasil e vários alunos e professores foram contaminados pelo vírus e tiveram que para as aulas.
Em relação muitas cidades não ter as aulas a distância, as entidades denunciam que não houve suporte e acompanhamento adequado por parte dos governos para desempenhar seus trabalhos à distância, além de falta de equipamentos, de conectividade e de consultas sobre o que estaria ou não funcionando durante o ano letivo excepcional de 2020.
"Nunca nos consultaram sequer se tínhamos espaço e condições em nossas casas para realizar as aulas virtuais", pontua uma professora de ensino médio no sistema publico da Bahia.Muitos professores também são mães, tem idosos em casa, tem pessoas com doenças crônica, como vai ficar essa situação desses profissionais?pergunta sem resposta.
O que se ver é muita pressão de políticos e de secretários de educação para a reabertura das escolas, com o mesmo argumento, porque os pais estão cobrando que houve um ano sem aulas, quando na verdade essa existência de reabrir as escolas em um momento em que a doença vem fazendo muitas vítimas, na verdade é que a volta às aulas é um negócio, que gera emprego para pessoas ligadas ao grupo do prefeito, transporte escolar que agrega veículos de amigos do grupo que está no poder e não de preocupação com alunos, se fosse todos os municípios estariam dando aulas a distância.“Muitos companheiros de trabalho não querem voltar, porque sentem que as condições de segurança não são suficientes", argumenta um professor.
O pedido da maioria dos pais e dos profissionais de educação, ouvidos pela reportagem do Giro de Notícias em Itabela ao governo municipal e a secretaria de educação, que poderia gerar modificações na data de retorno das escolas da cidade. Por enquanto, o melhor seria manter o isolamento social e bem distante de aglomeração assim evitando mais pessoas doentes e preservar a vida de todos.