Mandetta é questionado na CPI porque orientou pacientes focarem em casa e não procurassem atendimento médico, só em estado mais grave.

Riro de Noticias - 05/05/2021 - 09:27


A oitiva do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta não contribuiu quase nada com a Comissão Parlamentar de Inquérito a CPI do covid-19. Questionado pelos senadores se houve alguma proposta técnica do presidente Jair Bolsonaro ao ministério quando estava na pasta, Mandetta afirmou que não, e que, o que havia ali era um mal estar.

"O que havia ali era outro caminho, que ele decidiu, não sei se através de outras pessoas ou por conta própria", afirmou. "Era muito constrangedor explicar porque o ministério estava indo por um caminho e o presidente por outro."

Mandetta na CPI da Covid não soube explicar algumas perguntas de senadores e que pode comprometer o depoimento.

O senador Ciro Nogueira questionou o ex-ministro da Saúde sobre as motivações que o levaram a indicar que pacientes de coronavírus com sintomas leves permanecessem em casa e não procurassem atendimento médico.

“O hospital ou o posto de saúde, somente deveria ser procurado apenas em caso de febre alta ou desconforto respiratório. Entretanto, sabe-se que a Covid-19 frequentemente é uma doença silenciosa, progressiva e que demanda atendimento médico. O que levou o senhor, que é médico, a fazer recomendação?”, perguntou Nogueira.

Em resposta, Mandetta disse que, ainda na segunda decidiu a consultar as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde no início da pandemia.

“Ela é exatamente: entre em contato com o seu provedor de saúde imediatamente se você sentir sinais de perigo – dificuldade de respirar, perda da capacidade de fala, confusão, dor no peito”, afirmou Mandetta.

O ex-ministro disse ainda que a gestão dele construiu uma “lógica de tratamento” que compreendia a ampliação do horário de entendimento e da atenção primária e também da implementação da telemedicina.

'Não tomamos nenhuma medida que não tenha sido pela ciência', afirma Mandetta durante depoimento na CPI da Covid. 'Não tomamos nenhuma medida que não tenha sido pela ciência', afirma Mandetta durante depoimento na CPI da Covid

Segundo Mandetta, o questionamento de Ciro Nogueira costuma ser repetido nas redes sociais. “É uma narrativa muito interessante da internet. Ela sobe nos trending tópicos, depois ela baixa, normalmente flutua. Eu vejo como uma guerra de narrativa de quem só fez por ciência. Eu só fui no que eu tinha em cima da minha mão, em cima da mesa, o que é ciência, o que está na OMS, o que preserva a vida”, disse.

O ex-ministro comparou a recomendação de algum tratamento, naquele momento, à criação de um “kit ilusão”.“A pessoa poderia falar: eu posso ir que se eu tomar isso daqui... E foi assim que eu perdi amigos. Eu perdi tantos amigos que tomavam esses medicamentos prévios”, contou.

"O senhor dizia que só era para procurar o hospital quando a pessoa estivesse sentindo falta de ar. A maioria das pessoas que fizeram isso precisaram ser intubadas imediatamente ao darem entrada no hospital. Hoje sabemos que 66% das pessoas que são intubadas chegam a falecer. Milhares de pessoas que seguiram sua orientação, portanto, podem ter morrido senhor Mandetta. O senhor se considera um genocida?", publicou na rede social Faria que dissesse ser amigo de Nogueira desde 2007.

"A minha pergunta é clara: o senhor se arrepende de ter feito essa recomendação? O senhor reiteraria hoje essa mesma recomendação? O senhor se considera genocida por ter feito essa recomendação?", indagou Faria.

O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta admitiu que não deveria ter causado aglomeração em 16 de abril de 2020, data em que foi demitido pelo presidente Jair Bolsonaro. Na ocasião, o ex-ministro apareceu, nas imediações do Ministério da Saúde, abraçando a servidora Teresa Lopes, com quem cantou uma canção de Gonzaguinha.

 “O Ministério da Saúde estava muito [fechado] comigo”, afirmou Mandetta, ao responder às indagações do senador Eduardo Girão (Podemos-CE), integrante da comissão que investiga supostas ingerências do governo durante a pandemia. “Naquele dia, eu abracei Teresa Lopes, que é uma funcionária de carreira, para me despedir. Não deveria ter feito isso, mas havia muita emoção naquele momento. Éramos uma equipe muito unida”, justificou Mandetta.

O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta também foi perguntado sobre a imagem que circulou nas redes sociais do ministro sem máscara de proteção facial em um bar, em meio à pandemia do novo coronavírus. Ele por sua vez  deixou os senadores sem respostas.

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este foi o mais vagabundo da face da terra, malandro, safado, um verdadeiro safado
Nrasil