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Uma grávida de gêmeos que deu entrada por volta de uma 1h da madrugada de segunda-feira,10/10, no hospital regional de Eunápolis, necessitava de uma transferência para um hospital de referência do estado com UTI Neonatal, por se tratar de um parto de risco e prematuro e um dos bebes com má formação. A paciente foi inserida no sistema de regulação do estado, mas o estado não disponibilizou a vaga para leva-la e ela acabou dando a luz naquela unidade de saúde e uma das crianças morreu horas depois do parto.
Cristiane Santos de Jesus, 37 anos, precisava com urgência de uma transferência para um hospital com UTI Neonatal. A direção do hospital regional informou que logo que a paciente chegou ao hospital, foi examinada e constatado a necessidade de ser transferida, ela foi inserida no sistema de regulação do estado (SUREM), por ser um parto de risco, más o estado negou o pedido de transferência por falta de vaga.
No dia seguinte um médico da regulação do estado em Salvador, chegou a retira-la do sistema de regulação, o fato causou revolta nos parentes e preocupação aos profissionais de saúde do hospital. Diante da necedade de urgência, foi solicitada novamente o pedido de transferência pelo médico de plantão do regional e a paciente foi reinserida ao sistema, más o estado até a manhã desta quinta, não havia disponibilizado a vaga.
A paciente, Cristiane Santos de Jesus, entrou em trabalho de parto na manhã desta quarta-feira, e teve os dois bebes, um deles com má formação como constava nos exames e esse vindo a óbito na noite de quarta para quinta-feira.
Quando um paciente é inserida no Sistema de Regulação e Urgência (Surem), da Central de Regulação do Estado Bahia, esse indivíduo fica em total responsabilidade do estado para regular a sua transferência para um hospital adequado com as devidas condições de atender as necessidades deste paciente.
O Surem é um sistema próprio da Central de Regulação, que passou a substituir o Sistema Nacional de Regulação (Sisreg) do Ministério da Saúde. Segundo a diretora, o novo sistema conta com ferramentas que promovem um maior monitoramento e uma melhor avaliação das regulações realizadas no estado. Existem hoje na Central o núcleo de gestão de qualidade, que avalia contratos de prestação de serviços por unidades credenciadas, e o núcleo de gerenciamento de leitos, que acompanha todas as vagas ofertadas na rede.
O sistema foi criado para a redução do tempo de espera para que os pacientes sejam internados ou realizem procedimentos médicos como exames e cirurgias. O que não vem acontecendo no sul do estado da Bahia, pacientes chegam a esperar até 15 dias, outros morrem sem ser transferidos.
O mal funcionamento no sistema de regulação do estado tem ocasionado graves problemas aos hospitais municipais. Familiares confunde-se, de quem a responsabilidade em casos como esse e acabam atribuído a responsabilidade que é do estado, para os municípios que não possuem estruturas para casos graves como esses e que seria o estado responsabilizado pelo mal funcionamento da Central Estadual de Regulação da Secretaria de Saúde estadual.
