Faz três anos e 4 meses que Rui Costa comprou da microempresa Hempcare 300 respiradores por 48 milhões e que nunca foram entregues e o dinheiro sumiu.

Giro de Noticias - 10/08/2023 - 14:33


Rui Costa em depoimento a Policia Federal em 2022 disse  que só contratou a microempresa Hempcare especializada em medicamentos à base da Maconha, para o fornecimento de 300 respiradores em abril de 2020 pelo valor de R$ 48 milhões, pelo consórcio nordeste, por ele não dominar o inglês.

Em uma matéria publicada em 27 abril de 2022, 11h12, a revista Veja detalha parte do depoimento que Rui Costa deu a Polícia Federal em 2022. O que mais chama a atenção é pelo fato do ex-govenador assinar um contrato com uma microempresa de importação de produtos à base de maconha, Hempcare, na aquisição de 300 respiradores e pagar adiantado o valor de R$ 48 milhões e dizer no depoimento que só fez isso por não dominar o inglês, segundo ele, não sabia que Hemp em inglês é maconha e Care é cuidado.

O petista Rui Costa era o presidente do “Consórcio Nordeste”, reunindo os nove Governadores da região e que prometia comprar materiais de combate à pandemia, incluindo respiradores e até vacinas. Era tudo conversa fiada. O que restou foi um rastro de corrupção. Os R$ 48 milhões pagos adiantados a Hempcare (“hemp” significa maconha e “care” cuidado), na compra de 300 respiradores é apenas um dos casos mais emblemáticos, mas não o único

Durante seu interrogatório na PF, Rui Costa apresentou desculpas esfarrapadas, caindo inclusive em contradição. A delegada Luciana Caires perguntou ao governador se não chamou sua atenção o fato de assinar o contrato com a Hempcare, de produtos à base de maconha. “Não. Confesso que não e lá tinha representantes de produtos farmacêuticos. Estava essa denominação da empresa e não me chamou a atenção, no momento, pelo nome, até porque eu não tenho pleno domínio da língua inglesa. Portanto, eu não domino”, disse Rui Costa.

A delegada perguntou também por que o pagamento à Hempcare foi feito antes de ele assinar o contrato com a empresa. “O senhor tinha conhecimento disso?”, perguntou a Luciana Caires. “Não. Tô tendo conhecimento disso agora”, afirmou Rui Costa.

A delegada insistiu que o então secretário da Casa Civil, Bruno Dauster, alvo da Operação da Polícia Federal, afirmara que Rui Costa acompanhava essas questões de perto. “Nesse episódio, não. De pagamento ser feito antes de eu assinar o contrato? Em hipótese nenhuma”, afirmou o governador.

A policial perguntou ao governador petista por que o contrato com a Hempcare não constava do Portal da Transparência do Estado, sendo que contratos firmados posteriormente ao da empresa de produtos de maconha já constavam do mesmo Portal. A resposta foi “não sei”, claro. E completou: “Eu não olho todos os dias o Portal e não sei o que lançam. Isso não é função do governador”.

Sobre sua relação com Cleber Isaac, outro alvo da operação da Polícia Federal, intermediário da fraude da compra dos respiradores entre o governo da Bahia e a Hempcare, o governador da Bahia deu uma resposta inacreditável para quem o conhece e a seus amigos: “Nenhuma relação, nem familiar, nem pessoal, nem profissional. Eu conheço ele como conheço milhares de outras pessoas”.

Vejam que foram pagos o valor de R$ 48 milhões pela compra de 300 ventiladores pulmonares através do Consórcio Nordeste o que Rui Costa era o presidente e durante o pico da pandemia de covid-19 e até essa data, nem os respiradores foram entregues e nem o dinheiro foi devolvido. 

Vejamos que durante a pandemia na Bahia faltou leitos de UTIS com respiradores e essa quantia de equipamentos poderiam ter salvo milhares de vidas durante a pandemia de Covid-19. Em depoimento anexado no inquérito do STJ, governador da Bahia não esclareceu dúvidas sobre golpe de R$ 48 milhões dos respiradores fantasmas da Hempcare

O mais impressionante foi ouvir o governador da Bahia, Rui Costa (PT), nega para à Polícia Federal (PF) de ter responsabilidade pela fraude ocorrida na compra dos 300 respiradores junto à empresa HempCare. No contrato, foram pagos R$ 48 milhões à empresa de forma antecipada, mesmo sem a mercadoria ter sido entregue.

A compra dos 300 respiradores para os hospitais da região da Bahia e outros estados do nordeste por 48 milhões de reais ocorreu em abril de 2020, pelo Consórcio Nordeste. Na nota de empenho, assinada pelo ex-ministro Carlos Gabas, está registrado que os equipamentos “foram entregues em perfeitas condições”. Só que os respiradores nunca foram entregues. O contrato, redigido pelos próprios vendedores, o que é inusitado, foi avalizado pelo governador da Bahia na época Rui Costa.

Vejam a seguir parte do depoimento publicado pela revista veja em 2022.

O governador da Bahia, Rui Costa (PT), é investigado no inquérito da Polícia Federal junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) por envolvimento em um dos maiores golpes de que se tem notícia durante a pandemia de coronavírus. Ele era o presidente do Consórcio Nordeste, que reúne os nove governadores da região, e pagou 48 milhões de reais adiantados para uma microempresa de importação de produtos à base de maconha, a Hempcare, na aquisição de 300 respiradores que poderiam ter salvo milhares de vidas durante a pandemia de Covid-19, mas que não foram entregues. Hemp em inglês é maconha. Care é cuidado.

A delegada federal Luciana Caires perguntou ao governador, conforme depoimento anexado no inquérito do STJ, se não chamou a atenção dele, quando foi assinar o contrato com a Hempcare, que a empresa contratada para fornecer ventiladores pulmonares era uma empresa especializada em vender medicamento à base de maconha. “Não. Confesso que não e lá tinha representantes de produtos farmacêuticos. Estava essa denominação da empresa e não me chamou a atenção, no momento, pelo nome, até porque eu não tenho pleno domínio da língua inglesa. Portanto, eu não domino”, justificou Rui Costa.

Outro questionamento da delegada a Rui Costa é que o pagamento à Hempcare foi feito antes de ele assinar o contrato com a empresa. “O senhor tinha conhecimento disso?”, perguntou a delegada. “Não. Tô tendo conhecimento disso agora”, afirmou Rui Costa. A delegada insistiu que o então secretário da Casa Civil, Bruno Dauster, alvo da Operação da Polícia Federal, firmara que Rui Costa acompanhava essas questões de perto. “Nesse episódio, não. De pagamento ser feito antes de eu assinar o contrato? Em hipótese nenhuma”, afirmou o governador.

Para cada pergunta da delegada, uma desculpa. A delegada perguntou ao governador por que o contrato com a Hempcare não constava do Portal da Transparência do Estado, sendo que contratos firmados posteriormente ao da empresa de produtos de maconha já constavam do mesmo Portal. “O senhor pode esclarecer por que esse contrato não foi publicizado na época?”, perguntou a delegada. “Não sei. Eu não olho todos os dias o Portal e não sei o que lançam. Isso não é função do governador”, respondeu Rui Costa.

O governador da Bahia foi questionado sobre sua relação com Cleber Isaac, outro alvo da operação da Polícia Federal, intermediário da fraude da compra dos respiradores entre o governo da Bahia e a Hempcare. Rui Costa respondeu: “Nenhuma relação, nem familiar, nem pessoal, nem profissional. Eu conheço ele como conheço milhares de outras pessoas”. A delegada perguntou se os dois não estariam juntos no gabinete do governador caso ela analisasse os sinais de celulares. “Este ano não. A última vez que ele teve, não lembro se no meu gabinete ou em Ondina, foi para me entregar um currículo, dizendo que estava querendo entrar no mercado de trabalho”, disse Rui Costa.

A delegada insistiu e deu sinais de que a Polícia Federal tem provas concretas do encontro do governador com Cleber Isaac: “Foi porque a gente analisou um aparelho de celular de uma das pessoas investigadas e nele consta o registro de que o senhor teria se encontrado, de que ele teria se encontrado com o senhor e teria conversado com o senhor sobre a aquisição de ventiladores mecânicos nacionais”. Rui Costa respondeu: “É mentira. Não é verdade”.

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