Membros das Comissões dos Atingidos dos Rejeitos de Minérios da Barragem de Mariana/MG, das cidades de Caravelas e Prado no sul da Bahia, fizeram manifestação neste sábado cobrando a atenção das autoridades e da Mineradora Samarco.

Giro de Noticias - 13/08/2023 - 13:29


A manifestação dos moradores ocorreu neste sábado, 12 de agosto de 2023, em Caravelas e Prado, no sul da Bahia e reuniu pescadores e familiares vítimas de contaminação pela lama de rejeitos da mineradora que logo após o desastre em 5 de novembro de 2015 em Mariana, uma enxurrada de lama contaminada chegou ao mar através do Rio Doce e depois de ter passado por municípios do Espírito Santo chegou nas cidades ao sul da Bahia.

A enxurrada de lama que atingiu o distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, na região Central de Minas Gerais se espalhando no litoral sul do Espírito Santo e chegou até a região sul da Bahia. Em entrevista na época, a presidente do Ibama, Marilene Ramos, afirmou que, devido ao vento, a mancha que estava se espalhando no litoral sul do Espírito Santo também foi para o norte e chegou até a região de Porto Seguro e Abrolhos, na Bahia.

O desastre do rompimento da Barragem de Fundão em Mariana, Minas Gerais é reclamado por colônias de pecadores e familiares desta região do sul da Bahia.Eles elegem ter adquirido algum tipo de enfermidade que segundo eles foram causadas pela lama contaminada que atingiu os municípios. Eles contam ainda, que até então, não tiveram quaisquer tipos de assistência por parte da mineradora Samarco.

Um advogado das Comissões dos Atingidos dos Rejeitos de Minérios do Rompimento da Barragem de Fundão Brumadinho em Mariana, aqui em Prado e Caravelas – Bahia, reportou ao giro de notícias, que já foi comprovado que rejeitos da lama chegou no Extremo Sul da Bahia, desde de 15 de novembro de 2016, por estudo da Fundação Espirito Santo UFES e UFRJ, onde existe mais de 5 mil laudos e pareceres comprovando a poluição e a contaminação aqui no Extremo Sul da Bahia.

Desde de março de 2022, os atingidos de Prado e Caravelas através da Comissão de Atingidos ingressou com os processos pedindo o reconhecimento socioeconômico que possibilita os atingidos receberem suas indenizações devida em decorrência do maior desastre ambiental do Brasil ou do mundo.

Em 10 de outubro de 2022 o ICMBIO emitiu um parecer reafirmando que os rejeitos haviam aumentado no extremo sul da Bahia e a população corria risco com a saúde pública.

Em 12 de dezembro de 2022, o CIF autorizou a ser estudada a Bahia para comprovar os danos sociais através do Grupo de Trabalho, tendo em prazo de 60 dias para entregar os laudos que comprove os danos sociais.

Em 16 de marços de 2023, teve a primeira reunião do Grupo de Trabalho, porém até a data da manifestação ocorrida neste sábado, 12 de agosto de 2023, nenhuma ata e tão pouco foi apresentado os estudos requeridos.

Em 17 e 18 de Agosto de 2023, vai acontecer um seminário onde somente o Estado do Espirito Santo e Minas Gerais, através dos seus órgãos de governo e a União vai participar, sendo que o tema tem pertinência com a Bahia, ao requer participação dos  atingidos da Bahia, a organização vetou a prticipação das familias e pescadores da Bahia.

Dia 23, 24 e 25 de agosto de 2023, acontecerá em BH, a 70º reunião do Comitê Interfederativo CIF, que também abordará os impactos ambientais na Bahia,

Porém, os atingidos por falta de condições financeiras não estão indo em nenhum reunião reivindicar os seus direitos, somente o advogado que os representa.

Revoltados com a falta de atenção por parte das autoridades constituídas e a empresa Samarco, pescadores e os atingidos em geral fizeram um manifesto em frente à prefeitura de Caravelas e Prado com destino ao cais dos pescadores com carro de som e cartazes cobrando das empresas e dos entes públicos solução para que todos recebam suas indenizações pelo desastres ambiental.

Em Prado a manifestação ocorreu neste sábado, 12/08/2023, as 08:00hs da manhã na frente da prefeitura e de lá seguiram para finalizar o ato no cais dos pescadores às 09:30hs, em Caravelas foi no mesmo dia, mas em horário deferente, com iniçio as 10:30hs em frente à prefeitura e de lá seguiram para o cais dos pescadores finalizando o ato ás 11:30hs.

Ainda de acordo com as famílias, até então, não receberam nada de apoio da mineradora responsável pela tragédia que na época casou a morte de muitas vítimas fatais  e ainda vem causado danos à saúde de muitas pessoas, além das agressões ao meio ambiente da região.

Os manifestantes cobram para que o CIF determine estudos socioeconômico e estudos técnicos, em Caravelas em razão pela qual muitas famílias de Caravelas estão sofrendo pelos impactos da lama que atingiu o município.

Eles pedem ainda, a interferência do Ministério Público (MP) em desfavor a mineradora Samarco e que obriguem a beneficiar os atingidos da tragédia que mesmo estando muito distante no sul da Bahia estão sofrendo com as as consequências por causa do rompimento da Barragem da Mariana em (MG).

 

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