Marido da jovem cigana Hyara Flor é solto a mando da Justiça da Bahia. Hyara foi morta com um tiro de pistola na cidade de Guaratinga no dia 6 de julho de 2023.

Giro de Noticias - 15/08/2023 - 12:14


A Justiça da Bahia mandou soltar o marido da cigana Hyara Flor Santos Alves, morta aos 14 anos, em 06 de julho de 2023, na cidade de Guaratinga, no sul da Bahia. A decisão foi confirmada pela defesa da família da vítima.

A soltura do marido da vítima também foi confirmada pela defesa do adolescente que também tem 14 anos. Ao G1, o advogado Homero Mafra disse que não comenta o teor e as circunstâncias" de decisões judiciais. O garoto foi apreendido no último dia 26 de julho em Vitória/ES, após ele e a família fugirem da Bahia para o Espírito Santo.

A advogada da família da vítima, Janaína Panhossi, informou ao UOL que não teve acesso ao teor da decisão, mas soube da revogação da apreensão do adolescente e que o Ministério Público da Bahia havia se manifestado favoravelmente à soltura. Não há informação sobre quando o rapaz será liberado do Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo.

Panhossi declarou que a família respeita a decisão da magistrada. "Porém, seguimos acompanhando o processo, que ainda não foi sanado. Ou seja, não há ainda uma decisão quanto à responsabilidade pelo crime que vitimou a Hyara."

A reportagem do G1 tenta contato com o TJBA (Tribunal de Justiça do Estado da Bahia), o MP do estado e o Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo. O texto será atualizado tão logo haja manifestação.

Investigação apontou tiro acidental

A investigação sobre a morte da cigana atribuiu o episódio a um tiro acidental desferido pelo irmão do companheiro da vítima, de nove anos. O menino não responderá pelo crime, uma vez que não há processamento e julgamento penal de crianças com menos de 12 anos.

De acordo com a Polícia Civil da Bahia, ela e o menino brincavam com a arma no momento do acidente. A criança empunhava a pistola na direção de Hyara, quando disparou acidentalmente. A arma, de acordo com a investigação, pertencia à sogra de Hyara — que responderá por homicídio culposo (quando não há intenção de matar) e porte ilegal de arma de fogo.

A nova versão apresentada pelas autoridades descarta hipóteses que apontavam desavenças familiares ou feminicídio. "Perícias técnicas e oitivas de testemunhas não corroboram elementos de prova que sugeriam outras motivações como traição ou feminicídio", destacou o delegado Paulo Henrique de Oliveira, coordenador da 23ª Coorpin/Eunápolis.

Já o tio da vítima foi indiciado por disparo de arma de fogo, referente a tiros deflagrados contra a residência do casal de adolescentes.

WhatsApp Giro de Notícias (73) 98118-9627
Adicione nosso número, envie-nos a sua sugestão, fotos ou vídeos.


Compartilhe:

COMENTÁRIOS

Nome:

Texto:

Máximo de caracteres permitidos 500/