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A reportagem do Giro de Notícias conversou com a mãe, Eliene Maria da Conceição, nesta quinta-feira, 31/08, sobre as paralisações na educação devido uma demanda entre a categoria e a prefeitura de Itabela que já se arrasta a meses e sem solução e as faltas que foram colocadas nos alunos nos dias em que os professores estiveram fora das escolas participando de assembleia em tempo integral.
Eliene que tem um filho que estuda no Colégio Freio Ricardo, representa um grupo de pais mobilizados na mesma causa, aulas 100%. “Eu até entendo que os professores têm o direito deles de reivindicar, só que as crianças estão sendo prejudicadas porque o ano letivo está comprometido," disse a mãe.
Eliene cobra do prefeito Luciano Fracisqueto que tome medidas urgentes de resolva com os profesores essa situação. Ela reconhecem o direito legítimo dos profesores de reivindicar, porém, lamentou o fato dos alunos estarem sem aula e criticou a atitude de quem quer que seja de ter colocado faltas nos alunos nos dias em que os professores estiveram fora das escolas participando de assembleia em tempo integral.
Outra mãe de um aluno do Colégio Municipal de Itabela encaminhou uma nota a redação do Giro de Notícias sobre a mesma situação em questão. Vejam
Meu nome é Margarete Correa da Silva, sou mãe de um aluno do Colégio Municipal de Itabela e, assim como outras mães, estou insatisfeita com a falta de aulas e indignada com alguns profissionais da educação que estão registrando FALTAS aos alunos que não comparecem à escola em dias de reuniões de assembleia, convocadas pela APLB sindicato. Profissionais estes, que não estão atendendo às convocações do Sindicato, indo para as escolas darem aulas em dias de reuniões de assembleia da categoria.
Dessa forma, nós pais, estamos nos sentido coagidos a mandar nossos filhos para a escola em dias de reuniões de assembleia da APLB sindicato, sendo que sabemos que a maioria dos professores não estarão na escola, havendo, na maioria das vezes apenas uma aula desse profissional que não aderiu à luta pelos seus direitos, como a maioria de seus colegas.
Nossos filhos estão sendo prejudicados por esses profissionais, sendo um absurdo essas FALTAS, uma situação inadmissível, tendo em vista que esses dias de reuniões de assembleias serão repostos, posteriormente, com alunos e professores, em sala de aula, conforme prevê a Lei.
Humildemente, solicito, aos órgãos competentes e responsáveis, que tomem as devidas providências, em relação ao fato relatado, para que nossos filhos, alunos da rede municipal de Itabela, não sejam mais prejudicados. Certa de que serei atendida, meus agradecimentos.
Uma terceira mãe, Gesiane Brito, também falou com a reportagem e confirmou que uma sobrinha dela, havia recebido faltas por não ter comparecido no Colégio Municipal em que ela estuda, nos dias que os profesores estavam participando de assembleia geral e em tempo integral.
As mães querem saber qual é a culpa dos estudantes nessa causa para receberem faltas por não ter ido as escolas nos dias de paralisação, ou assembléia geral, aonde os professores se reuniram para defini acordos com a secretaria de educação sobre as reivindicações da categoria.
Elas contaram ainda, que seus filhos não foram para as escolas com base nas publicações de ofícios do sindicato e anúncios divulgados nas redes sócias que os profesores estariam participando de assembleia em tempo integral e não haveria aulas, sendo assim, não acharam conveniente mandarem seus filhos para as escolas com medo das crianças ficarem pelas ruas, ou mesmo nas escolas sozinhas, sabendo elas, que os professores de seus filhos não estariam nas unidades escolares, mesmo assim, eles foram penalizados com faltas.
Perguntadas se alguém da Adminiatrasça Pública Municipal, ou da Secretaria de Educação do Munícipio de Itabela, teria reunido com os pais para tratar do assunto, elas disseram que não. “Até hoje, ninguém nos procurou, nós que tomamos a iniciativa de correr atrás dos diretos dos nossos filhos e buscar junto aos órgãos competentes uma solução para esse impasse”.
A reportagem também falou com a APLB-Sindicato, que criticou a atitude de colocar falta tanto nos alunos, quanto nos profesores em dias de assembleia que segundo o sindicato é um direito de todos os (as) trabalhadores (as) a participação em atividades sindicais, inclusive em assembleias, esse direito está inscrito no artigo 8º da Constituição Federal e já existem inúmeras decisões jurídicas ressaltando que impedir a participação de servidores em assembleias sindicais significa impedir que eles exerçam direitos inerentes à condição de sindicalizados, o que representa uma violação aos princípios da liberdade associativa e sindical. Ora a assembleia geral é a instância em que a categoria manifesta sua vontade e autoriza o sindicato a defender seus interesses e direitos”, disse
Ainda segundo o coordenador da PALB, Ubiratan Herculano, o “Bira” houve reunião realizada entre a Comissão de Negociação da Prefeitura de Itabela, através da Secretaria Municipal da Educação e o Sindicato dos Profissionais de Ensino do Município, aonde foram apresentados os dados que justifica a viabilidade de conceder o reajuste de 14,95% à categoria. As propostas foram feitas por parte do sindicato, bem como o panorama encontrado pelo sindicato de como estão sendo aplicados os recursos da Educação. Já foram muitas reuniões realizadas entre a administração, câmara municipal e representantes da classe disse Bira.
"Os professores estão, sim, no direito deles, só que isso prejudica não só os pais, que não têm como ensinar os filhos em casa, mas principalmente as crianças que ficam à toa. Nossos filhos também tem direito deles que é ter seus 200 dias de aula", finalizou Eliene.
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A reportagem do giro de notícias teve acesso a vários vídeos e fotos, que mostram alunos jogando bola sozinhos sem a presença de professores, alunos sentados com aulas vagas por falta de professores nas escolas e ônibus com apenas um aluno rodando pela cidade.
A reportagem deixa o espaço aberto para que a secretaria de educação possa esclarecer sobre as faltas inseridas aos alunos nos dias de paralisações.
