PGR aponta suspeitas contra Rui Costa em compra de respiradores pelo consorcio do nordeste durante a pandemia da Covid. Rui assinou contrato de pagamento integral e antecipado e sem garantia.

Giro de Noticias - 05/08/2025 - 16:42


Segundo a manifestação de Paulo Gonet, Rui Costa assinou um contrato que previa o pagamento integral e antecipado pelos respiradores, sem a exigência de garantias para o poder público

A Procuradoria-Geral da República (PGR) indicou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a existência de novos indícios do envolvimento do ministro da Casa Civil, Rui Costa, em crimes relacionados à compra de respiradores durante a pandemia de Covid-19. 

O caso, que investiga um prejuízo de R$ 48 milhões aos cofres públicos, refere-se a um contrato para a aquisição de equipamentos que nunca foram entregues. A investigação foca em um contrato firmado em 2020 pelo Consórcio Nordeste, que na época era presidido por Rui Costa, então governador da Bahia. 

Segundo a manifestação do Procurador-Geral da República, Paulo Gonet, o então governador assinou um contrato que previa o pagamento integral e antecipado pelos respiradores, sem a exigência de garantias para o poder público. A empresa contratada, Hempcare Pharma, não possuía experiência ou capacidade técnica para fornecer os equipamentos.

Devido aos novos indícios, Gonet solicitou ao ministro Flávio Dino, relator do caso no STF, que o inquérito seja reaberto e enviado de volta ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). A PGR argumenta que, como os fatos ocorreram enquanto Rui Costa exercia o mandato de governador, a competência para julgar o caso é do STJ, mesmo que ele hoje ocupe o cargo de Ministro de Estado. A investigação estava paralisada desde que foi remetida ao STF.

A assessoria do ministro Rui Costa afirmou que a manifestação da PGR não apresenta nenhum elemento acusatório novo e que não existem fatos que o vinculem diretamente a qualquer irregularidade no contrato. A defesa também declarou que concorda com a tramitação do processo no STJ e que o maior interessado na rápida conclusão do caso é o próprio ministro.

Em declarações anteriores, Costa afirmou que, após a não entrega dos equipamentos, determinou a abertura de uma investigação pela Polícia Civil da Bahia. Já o gabinete do ministro Flávio Dino informou que a petição da PGR ainda será analisada para decidir os próximos passos da investigação.

WhatsApp Giro de Notícias (73) 98118-9627
Adicione nosso número, envie-nos a sua sugestão, fotos ou vídeos.


Compartilhe:

COMENTÁRIOS

Nome:

Texto:

Máximo de caracteres permitidos 500/