Caminhoneiros e população fazem protesto no desvio da BR-101 na ponte do Rio Jequitinhonha. Os caminheiros denunciam tratamento diferenciado em medida de restrição de peso que beneficia carretas da veracel e as péssimas condições do desvio.

Giro de Noticias - 04/06/2025 - 06:20


A União Nacional dos Caminhoneiros Autônomos de Cargas do Espírito Santo (UNITAC/ES), por meio de seu representante Bira Nobre, anunciou nesta terça-feira seu apoio a uma paralisação programada para ter início nesta quarta-feira (04/06), no distrito de Santa Maria Eterna.

O movimento, que ocorrerá na rodovia conhecida como “Desvio da Veracel”, visa pressionar autoridades federais e estaduais a solucionar o sofrimento imposto a caminhoneiros e moradores pelas péssimas condições da estrada de terra que serve como desvio da BR-101, atualmente interditada na Ponte do Rio Jequitinhonha.

Em vídeos divulgados nas redes sociais, Bira Nobre denunciou o cenário caótico do desvio, que tem gerado grande estresse e revolta entre os caminhoneiros. Além das condições precárias da via, a UNITAC/ES levanta um questionamento grave sobre a proibição de circulação de caminhões com peso superior a 21 toneladas na rodovia BA-658, utilizada como rota alternativa.

A indignação aumenta ao contrastar essa restrição com o tratamento diferenciado dispensado às carretas de eucaliptos da Veracel, que, com peso de até 70 toneladas, trafegam livremente pela mesma rodovia sem qualquer abordagem das forças policiais.

A entidade já protocolou ofícios junto ao DERBA e à Secretaria Estadual de Infraestrutura buscando esclarecimentos oficiais sobre a restrição de peso. Bira Nobre alertou para as consequências drásticas dessa medida, que pode levar ao desabastecimento e ao encarecimento de produtos em diversas localidades, uma vez que o aumento do frete já está impactando os preços finais ao consumidor.

 O representante da UNITAC/ES também relatou o tratamento hostil que os caminhoneiros têm recebido das forças policiais, com relatos de ameaças de prisão em alguns conflitos. Ele enfatizou a necessidade urgente de um alinhamento entre as entidades representativas dos caminhoneiros, a Polícia Militar e outras autoridades para resolver a situação e garantir um tratamento justo aos profissionais do transporte.

A paralisação desta quarta-feira, que conta com a participação da população local e lideranças, busca não apenas chamar a atenção para a urgência de melhorias na infraestrutura rodoviária, mas também para a necessidade de um diálogo transparente e eficaz entre os órgãos responsáveis e a categoria dos caminhoneiros, a fim de garantir equidade no tratamento das operações de transporte de cargas.

Fonte do Belmontenews

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