
Bolsonaro foi levado de sua casa para a sede da PF na manhã deste sábado (22), em operação sigilosa em Brasília. A operação ocorreu pouco depois das 6h, por equipes da Polícia Federal que foram ao condomínio aonde mora o ex-presidente para cumprir a decisão judicial que ordenou a detenção do ex-presidente de domiciliar para a prisão convencional que ocorre em um estabelecimento prisional da PF.
O sigilo da medida elevou o clima de incerteza entre investigadores e lideranças políticas. Fontes afirmam que Bolsonaro respeitou todas as medidas cautelares em vigor. Mesmo assim, o ministro responsável decidiu pela prisão porque avaliou que a fase atual da investigação exige ações mais firmes para garantir a ordem pública. Dessa forma, a prisão ganhou caráter emergencial.
Os agentes levaram Bolsonaro diretamente para a “sala de Estado”, um espaço reservado para autoridades dentro da sede da PF. O local segue protocolo rígido de segurança e repete o procedimento aplicado em 2018 durante a custódia do então ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Servidores relataram um ambiente de operação: equipes reforçadas, corredores isolados e reuniões contínuas. Assim, a presença do ex-presidente transformou o prédio em novo epicentro da tensão política. Decisão do STF reacende disputa
Um ministro do Supremo Tribunal Federal assinou a ordem que levou à prisão. O magistrado justificou a decisão com base em documentos recentes e depoimentos coletados nas etapas mais avançadas da investigação. Embora o caso permaneça sob sigilo, fontes descrevem um avanço expressivo no volume de informações analisadas pelo STF.
A reação política surgiu rapidamente. Aliados de Bolsonaro classificaram a decisão como ato de perseguição. Oposicionistas afirmaram que a prisão representa consequência direta do avanço das investigações. Enquanto isso, o clima de confronto cresceu no Congresso e nas redes sociais.
Defesa reage e prepara habeas corpus
A defesa de Bolsonaro prepara um pedido de habeas corpus que deve chegar ao tribunal ainda hoje. Os advogados pretendem argumentar que o ex-presidente cumpriu todas as medidas cautelares e não oferece risco à investigação. Além disso, aliados articulam uma resposta pública para conter reações de apoiadores mais radicais.
O Planalto monitora cada movimento. A equipe política do governo avalia que a prisão mexe com a reorganização dos blocos para 2026 e altera conversas em curso no Congresso. Por fim, investigadores acreditam que o caso deve avançar com novos desdobramentos nos próximos dias.
O ex-presidente que estava preso em prisão domiciliar que é uma modalidade de cumprimento de pena ou medida cautelar em que o indivíduo permanece em casa, para uma prisão convencional que ocorre em um estabelecimento prisional.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes convocou a Primeira Turma do STF para sessão virtual extraordinária na próxima segunda-feira, 24, para referendar a decisão que levou à prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Bolsonaro foi transferido da prisão domiciliar para a prisão convencional na manhã deste sábado, 22, a pedido da Polícia Federal, e levado para a Superintendência da PF, onde ficará em uma sala de Estado, espaço reservado para autoridades como presidentes da República e outras altas figuras públicas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-presidente Michel Temer também ficaram detidos em salas da PF.