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Além do aumento no número de prefeituras, o Democratas também conseguiu uma posição exitosa no Legislativo em alguns dos maiores colégios eleitorais da Bahia. A legenda elegeu a maior bancada nas Câmaras Municipais de Salvador (7), Camaçari (5), Alagoinhas (4) e Teixeira de Freitas (3) e a segunda maior em Feira de Santana (3) e Lauro de Freitas (3). Um resultado que coaduna com a estratégia confirmada pelo prefeito da capital e presidente nacional do partido, ACM Neto, de fortalecer o DEM no interior do estado (veja aqui).
Para o cientista político Cláudio André de Souza, esse destaque nas Câmaras é reflexo do crescimento projetado pela sigla na eleição para o Executivo, que teve foco em grandes cidades com perfil urbano, o que favorece a imagem de Neto como "um prefeito que cuidou bem de Salvador".
"Em geral, quando um prefeito se elege por um partido, ele consegue imprimir seu próprio partido pra ter uma quantidade razoável de vereadores e se estabelece uma coligação que, posteriormente, vai ser a coalizão, então eu vejo que nessas cidades os prefeitos não terão dificuldade em estabelecer maioria", afirma Souza, ao falar sobre os municípios em que a legenda saiu vitoriosa também no Executivo, caso de Salvador, com Bruno Reis, Camaçari, com Elinaldo, e Teixeira de Freitas, com Doutor Marcelo Belitardo.
Na capital, por exemplo, a legenda conquistou sete cadeiras enquanto a segunda com mais vagas foi o PT, que elegeu quatro vereadores. Essa diferença mostra também o desequilíbrio de forças na Casa em que a minoria pode se apequenar ainda mais na próxima legislatura (saiba mais aqui e aqui).
Por outro lado, em cidades como Lauro de Freitas, que mais uma vez será comandada por Moema Gramacho (PT), Souza ressalta que ter uma bancada significativa fortalece a oposição. Por lá, o DEM elegeu três edis, perdendo apenas para o PL que conseguiu obter quatro vagas.
"Aí vai pra disputa de oposição, de denunciar, de desgatar a gestão de quem ganhou. Então, no geral, ter uma bancada maior passa a ter força pra fazer oposição. Dependendo da cidade, da formatação, essa bancada, inclusive, pode ter impacto direto na aprovação das leis", ressalta o especialista.
Pode ser o cenário desenhado em Alagoinhas, onde o prefeito Joaquim Neto (PSD) foi eleito numa disputa apertada. Os partidos da sua chapa fizeram oito cadeiras na Câmara. Já a chapa de seu principal opositor, Paulo Cezar (DEM), fez seis vereadores, contingente significativo no universo de 17 edis.
