O Partido dos Trabalhadores não elegeu ninguém em uma capital pela 1ª vez desde a redemocratização. As apostas do 2º turno eram: Marília Arraes, em Recife (PE); e João Coser, em Vitória (ES). Perdeu nas duas. Neste ano, 57 municípios tiveram 2º turno. O partido tinha 15 nomes na 2ª rodada de votação.
Nas últimas eleições municipais, também foram 57 as cidades que definiram os prefeitos no 2º turno. O PT disputava em 7. Era o ano do impeachment de Dilma Rousseff e auge da Lava Jato. Os petistas só conseguiram eleger 1 nome: Marcus Alexandre, na capital Rio Branco (Acre). Mas ele renunciou ao cargo em 2018 para disputar o governo estadual. E acabou perdendo.
O auge da sigla de Lula nas capitais foi em 2004, quando conseguiu 9 capitais. Na época, a sigla detinha a Presidência da República.
Eis as capitais onde o PT foi eleito:
• 1985: 1 (Fortaleza)
• 1988: 3 (Porto Alegre, São Paulo e Vitória)
• 1992: 4 (Belo Horizonte, Goiânia, Porto Alegre e Rio Branco)
• 1996: 2 (Belém e Porto Alegre)
• 2000: 6 (Aracaju, Belém, Goiânia, Porto Alegre, Recife e São Paulo)
• 2004: 9 (Aracaju, Belo Horizonte, Fortaleza, Macapá, Palmas, Porto Velho, Recife, Rio Branco e Vitória)
• 2008: 6 (Fortaleza, Palmas, Porto Velho, Recife, Rio Branco e Vitória)
• 2012: 4 (Goiânia, João Pessoa, Rio Branco e São Paulo)
• 2016: 1 (Rio Branco)
• 2020: 0
O partido levou 183 prefeituras nas eleições deste ano. Em 2016, foram 254 cidades em que a legenda foi vitoriosa e, em 2012, 638. Ou seja, o PT conseguiu fazer menos de um terço do número de prefeituras que conquistou oito anos atrás.
“O PT perde musculatura e terá de ser bem mais flexível em 2022 para compor chapas estaduais e, eventualmente, nacional”, diz Maurício Moura, fundador do Ideia, instituto de pesquisa especializado em opinião pública.
Com a rejeição petista em todo o Brasil, o atual Presidente Jair Messias Bolsonaro tem uma larga vantagem de sua reeleição em 2022.