O Conselho de Ética da Câmara Municipal de Curitiba (PR) decidiu, nesta terça-feira (10), pela cassação do mandato do vereador Renato Freitas (PT). O caso agora vai a plenário.
Os votos ficaram assim distribuídos: cinco pela cassação, um pela suspensão por seis meses e um pelo arquivamento do processo. O pedido de cassação se deu após o vereador comandar uma manifestação e invasão, na Igreja do Rosário, na capital do Paraná, no dia 5 de fevereiro de 2022.
A defesa do vereador tem cinco dias úteis para recorrer da decisão, que será avaliada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Depois disso, a Câmara terá o prazo de três sessões para marcar o julgamento.
O CASO
No dia 5 de fevereiro, o vereador Renato Freitas liderou uma invasão à Igreja Nossa Senhora do Rosário, em Curitiba, durante a celebração de uma missa. Os militantes seguravam bandeiras do PT e do PCdoB e gritavam palavras como “racistas” e “fascistas”, ignorando os pedidos do padre para que cessassem o tumulto.
Em discurso, o vereador petista disse que os católicos haviam apoiado um “policial que está no poder”. Segundo ele, o ato era contra o racismo – o que, na sua visão, foi o motivo para o assassinato de pessoas como Moïse Mugenyi e Durval Teófilo Filho e que teria relação com a conivência das pessoas com fé católica em relação a autoridades “fascistas”.