O debate na Bahia foi fraco: Os candidatos se ocuparam falando da ausência de ACM Neto e perderam a oportunidade de mostra mais os pontos essenciais de campanha.

Giro de Noticias - 08/08/2022 - 13:05


Para quem acompanhou o debate deu para observar que o candidato Jerônimo Rodrigues (PT) e João Roma (PL) precisa intensificar um trabalho de treinamento de ambos para a campanha eleitoral, que se inicia no próximo dia 16 oficialmente. No debate da Band Bahia, ficou visível que as estratégias discursivas de ambos precisam melhorar.

Os candidatos se mostraram mais preocupados com ausência de ACM Neto (União), que chegaram a explorar o assunto até em momentos improváveis. Jeronimo por exemplo, em vários momentos tentou fugir do debates estadual e indo para assuntos federais.

Jerônimo que ficou visivelmente nervoso, errou nas abordagens a Roma e acabou ficando acuado com as respostas. O próprio Roma também não aproveitou as oportunidades que teve e repetiu, quase monocordicamente, o Auxílio Brasil e os feitos de Bolsonaro - presentes, mas superlativizados pelo aliado.

O petista, inclusive, não deu sorte. Até mesmo Kleber Rosa (PSOL), que estaria ali como coadjuvante, acabou ocupando lacunas deixadas por Jerônimo nas perguntas e nas respostas. E olha que, nos instantes de confronto direto, o petista escolheu Roma.

O debate foi fraco, não pela ausência do principal alvo a ser batido, o ex-prefeito de Salvador. Foi fraco pelas perdas de oportunidades de todos os candidatos para fazerem exatamente o que se propuseram a fazer, o utópico discurso de que o debate é relevante para apresentar propostas.

Quais propostas foi possível fixar após preciosos minutos na televisão aberta? Se já seria difícil imaginar o programa como um ponto de guinada para votos num domingo à noite, houve um quê de monotonia nas participações. Deu sono, mas as obrigações profissionais nos obrigam a assistir todo o debate.

Apesar das falhas estratégicas, Jerônimo e Roma cumpriram parte das suas obrigações. O petista defendeu o legado de Lula e dos governos de Jaques Wagner e Rui Costa (especialmente do padrinho político dele). Roma defendeu com unhas e dentes Bolsonaro e a forma como o presidente conduz o Brasil. Foram os papeis básicos pelos quais acabaram alçados à condição de candidatos ao governo da Bahia.

Quem viu o debate deu para sentir que foi muito pouco para quem pretende governar a Bahia a partir de primeiro de janeiro. Pontos essenciais para a discussão como saúde, educação e segurança pública foram explorados de maneira muito simplória. Kleber Rosa foi quem mais se aproximou de tocar dedos nas feridas, mas os adversários preferiram se esquivar.

Como o debate aconteceu logo no comecinho da corrida oficial pelo Palácio de Ondina, ainda dá tempo de ajustar as eventuais falhas para os próximos encontros - e para lembrar que a disputa é pelo governo e não pela prefeitura de Salvador.

O programa é um ambiente altamente limitado e controlado, mas é uma espécie de prelúdio de como os candidatos se comportam em entrevistas, comícios e falas públicas. Boa sorte às equipes! Tem muito trabalho pela frente!

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