Motoristas e moradores da região bloqueiam trecho da BR-101 entre Belmonte e Itapebi no extremo sul da Bahia. A manifestação é contra as condições precária de desvio após interdição de ponte

Giro de Noticias - 14/11/2025 - 15:18


Miliares de caminhões, carros de passeio e moradores de Santa Maria Eterna, que fica nesta região, bloquearam a BR-101, no trecho da ponte do Rio Jequitinhonha em Itapebi, na Costa do Descobrimento, no extremo sul da Bahia.

Quem viajou na tarde de quinta-feira e na manhã desta sexta-feira (14), pela BR-101 deparou com o trecho bloqueado entre os município de Belmonte e Itapebi. O protesto ocorre na altura do km 648 desde a tarde desta quinta-feira (13) e é puxado por moradores de Santa Maria Eterna, distrito de Belmonte.

Segundo, Bira Nobre, Presidente da Associação de Caminhoneiros do Espírito Santo e da Bahia, que está no local da manifestação, a interdição que conta com populares é para cobrar das autoridades uma solução para o dilema do desvio e agilidade na construção de uma nova ponte.

Bira fez críticas contundentes contra as autoridades governamentais, do estado e da federação. "As condições do desvio criado após a interdição da ponte sobre o Rio Jequitinhonha, em Itapebi, no Extremo Sul do estado, tem causado muitos danos aos caminhoneiros e aos moradores da região, precisa que tomem uma providência com o asfalto deste trecho de terra para todos possam transitar com segurança," disse Bira.

O protesto começou por volta das 14h de quinta e se estendeu pela noite e madrugada e sexta-feira 14. Em alguns momentos, motoristas tentaram remover pneus usados no bloqueio, mas os manifestantes impediram a ação. Apesar da tensão, não houve feridos. Caminhões, ônibus e veículos pesados ficaram retidos por horas, obrigando motoristas e passageiros a passarem a madrugada na estrada.

Em intervalos controlados, parte do tráfego foi liberada, mas a interdição continuou firme durante toda a manhã. O desvio utilizado atualmente tem mais de 70 quilômetros, com grande parte em estrada de terra.

O trecho improvisado se tornou a única alternativa desde maio, quando a ponte passou a permitir apenas carros e utilitários de até cinco toneladas, após a identificação de problemas estruturais.

A restrição afeta diretamente uma das principais ligações rodoviárias entre o Nordeste e o Sudeste, aumentando o custo do transporte e o tempo de viagem. Na semana passada, o Dnit informou que o reforço metálico da ponte atual deve ser concluído até janeiro de 2026, permitindo o retorno de caminhões e ônibus de médio porte.

O projeto da nova ponte, com a promessa de ser construída ao lado da existente, tem uma previsão do início das obras em 2026 e com promessa de conclusão em um ano. "A demora no andamento das intervenções tem aumentado a revolta da população. “Esse desgoverno tem que cumprir sua obrigação, fazer a ponte e asfaltar o acesso”, desabafou um morador durante o protesto"

A ponte sobre o Rio Jequitinhonha é considerada crucial para o fluxo de cargas e passageiros entre o Norte e o Sul do país. A falta de prazos concretos e o avanço lento das obras têm provocado sucessivas manifestações na região

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