Ministério Público vai fiscalizar novas investigações da Polícia Civil sobre morte de Hyara Flor. A decisão vem Após pedido do MP feito em setembro para que as diligências sobre a morte sejam refeitas.

Giro de Noticias - 07/11/2023 - 10:36


Diante de muitas dúvidas e reclamações da família de Hyara Flor, morta em julho deste ano, em uma comunidade cigana na cidade de Guaratinga, no sul da Bahia, o MP em setembro fez um pedido a justiça para que diligências sobre a morte da jovem cigana fossem refeitas.

Após ser aceita a argomentaçao do Ministério Público, ficou decidido que as novas investigações da Polícia Civil sobre morte de Hyara Flor serão fiscalizadas pelo PM. A Instauração do Procedimento Administrativo foi publicada no Diário Oficial da Justiça, desta terça-feira (07/11), por volta das 7hrs da manhã.

Hyara Flor Santos Alves, de 14 anos, foi morta a tiro na tarde de quinta-feira (06/07/2023), em Guaratinga, no extremo sul da Bahia. O disparo de arma de fogo do tipo pistola calibre .380 atingiu o pescoço da vítima embaixo do queixo.

A pistola calibre .380, com dois carregadores e munições foram apreendidos no local do crime e encaminhados à perícia. A princípio o caso foi divulgado como feminicídio, praticado pelo ex-companheiro da vítima também de 14 anos, mas no decorrer das investigações a polícia civil concluiu que ela foi atingida por um disparo acidental desferido por um cunhado dela, uma criança de 9 anos.

A conclusão do inquérito desagradou a família e a defesa da vítima que recorreram ao Ministério Público para novas diligências e oitivas a serem realizadas para esclarecer com toda clareza a motivação do crime.

Após a conclusão do inquérito que apontou que o disparo foi efetuado pelo cunhado da vítima, o companheiro da vítima, que inicialmente era suspeito do assassinato,foi apreendido em Vila Velha no ES, aonde ficou internado em uma unidade socioeducativa e foi liberado.

Segundo a polícia civil, as investigações indicaram que hyara e o cunhado, de nove anos, estavam brincando em um quarto com a pistola no momento em que o tiro foi disparado pela criança. A família e a defesa descorda da tese e pediram novas investigações.

Ainda durante as investigações a polícia civil pediu o indiciamento da mãe do menino, sogra da adolescente, por homicídio culposo e porte ilegal de arma de fogo. Um tio da vítima também foi indiciado por disparo de arma de fogo, por atirar contra a residência onde ocorreu o crime

Um perito forense Eduardo LIanos, profissional de São Paulo, com 30 anos de experiência na área foi contratado pela família da vítima Hyara Flor, de 14 anos que apos ter acesso ao inquérito emitiu um parecer contestando a versão apresentada pela Polícia Civil da Bahia, em agosto deste ano.

O inquérito concluiu que o disparo que matou a vítima foi feito de forma acidental pelo cunhado dela, uma criança de nove 9 anos, enquanto os dois brincavam com uma arma de fogo. O perito esteve no local do crime, acessou o inquérito policial e concluiu que uma pistola calibre 380 não pode ter sido disparada por uma criança de 9 anos.

A ação para nova investigação foi protocolada pelo promotor de justiça Helber Luiz Batista, da promotoria de Guaratinga, a pedido da advogada da família da vítima, Janaína Panhossi. 

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