Cerca de 150 pessoas entre professores e alunos da educação indígena da Aldeia Pataxó de Boca da Mata, em Porto Seguro, realizaram nesta quarta-feira (15/05) um ato exigindo melhorias de salários dos professores e demais direitos trabalhistas, contra o corte de 30% de recursos nas universidades federais.
Uma das lideranças representativas da educação escolar Indígena, Edimarcos Ponçada Santana, cobra melhores salários para os professores das aldeias indígenas do Município de Porto Seguro e ao mesmo tempo, cobra uma posição do Governo Federal em relação ao corte anunciado de trinta por cento dos recurso das universidade federais e que segundo ele vai afetar os alunos universitários indígenas.
Segundo Edimarcos Ponçada, existem hoje 19 escolas indígenas no município e com um pouco mais de dois mil alunos, e cerca de duzentos alunos ingressados em universidades da região e que pode ser prejudicado com a redução de recursos.
“Os professores aqui trabalham com estudantes do ensino infantil e ensino médio e inclui nas matérias uma cultura indígena. A maioria das pessoas vive num ambiente predominantemente indígena, então precisa ter uma valorização diferenciada, focando na língua portuguesa e também nas línguas nativas, justamente para que se conheça essas características”, afirmou.
O movimento indígena em protesto as demandas já citadas, durou toda a manhã desta quarta-feira. Os protestos foram realizados em outras unidades escolares.
Os indígenas exigem um concurso publico e diferenciado que respeite a variedade linguística das nações indígenas.