Brasil faz sua primeira decisão na Copa contra gigante Sérvia

Redação - 27/06/2018 - 06:43


MOSCOU – O “mata-mata” da Copa do Mundo da Rússia começou mais cedo para a seleção brasileira. O jogo desta quarta-feira, às 15h (de Brasília), diante da Sérvia, tem caráter eliminatório para equipe brasileira, que tem os mesmos quatro pontos da Suíça, adversária da zerada Costa Rica, e um a mais que os próprios sérvios. Uma derrota, portanto, pode significar um vexame histórico: o Brasil não cai na primeira fase de um Mundial desde 1966. O técnico Tite fez de tudo para proteger seus atletas mais contestados, especialmente Neymar, e chamou para si a responsabilidade para a decisão no estádio do Spartak, em Moscou.

Tite manteve a formação ofensiva das primeiras partidas e respaldou Paulinho e Willian, que ainda não deslancharam na competição. O treinador manteve o rodízio de braçadeira e elegeu o zagueiro Miranda como o terceiro capitão, depois de Marcelo e Thiago Silva. A maior preocupação do Brasil é a altíssima estatura do time da Sérvia, com média de altura de 1,87 m, com destaque para o volante Nemanja Matic (1,94 m), o meia-atacante Milinkovic-Savic (1,92 m) e o atacante Alexsandar Mitrovic (1,89 m).

Segundo Tite, a seleção brasileira deverá combater o recurso da de bola parada do adversário e investir nas jogadas de velocidade pelo chão. “Temos sim condições de neutralizar, evitar faltas próximas laterais ou mesmo de escanteio e tirar proveito da situação. Com uma altura maior, você ganha algumas coisas e perde em outras.”

A Sérvia, 34ª colocada do ranking da Fifa, quer retomar as boas campanhas dos tempos de Iugoslávia (nação que compreendia os atuais territórios de Sérvia, Montenegro, Croácia, Macedônia, Bósnia e Eslovênia e chegou às semifinais em 1930 e 1962) e se classificar à segunda fase pela primeira vez como país independente.

 “Estou me aproximando da aposentadoria e este será o jogo mais importante da minha carreira”, disse Aleksandar Kolarov, capitão do time e experiente lateral da Roma, na véspera. “Os jogadores sabem do que se trata. Este é um palco global, é uma oportunidade única para brilhar”, completou o jogador de 32 anos.

O técnico sérvio, Mladen Krstajic, também não se intimidou. “Não temos medo do Brasil. Temos de ser pacientes, disciplinados e jogar como um time. Temos de satisfazer a nação sérvia.”

Mais relaxado que nas outras partidas, numa clara tentativa de tranquilizar o ambiente, Tite disse não temer que a Sérvia se torne um “novo Tolima” em sua vida – a equipe colombiana que eliminou o Corinthians, de forma vexatória, na pré-Libertadores de 2011.

“Pode acontecer, sim. Todas as situações são possíveis e trago todo um aprendizado. Mas há uma diferença, eu já estou há dois anos e pouco com essa equipe. Hoje, quando chega no fim do jogo, não bate desespero, a equipe mantém padrão. Isso eu não tinha contra o Tolima, hoje eu tenho. Mas pode acontecer, é da vida.”

Se vencer, o Brasil ficará com a liderança do Grupo E, caso a Suíça passe pela Costa Rica por, no máximo, a mesma diferença de gols – o time de Tite tem dois gols de saldo, um a mais que os suíços. A possibilidade de a seleção pentacampeã se classificar com derrota existe, mas depende de uma derrota da Suíça diante da já eliminada Costa Rica.

O Brasil leva vantagem no confronto direto: enfrentou a Sérvia apenas uma vez, na preparação para a Copa de 2014, e venceu por 1 a 0 no Morumbi, com gol de Fred. Contra a Iugoslávia, o time brasileiro somou nove vitórias, sete empates e duas derrotas em 18 jogos.

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