Nos últimos dias de 2022 e começo do novo ano de 2023, um grupo de 15 indígenas invadiu a pelo menos 5 propriedades rurais na região do Parque Nacional, no interior de Porto Seguro, sul da Bahia, segundo os moradores desta região.
As últimas ocupações ocorreram na segunda-feira e nesta terça feira,03/01, aonde um grupo de pelo menos 12 pessoas, supostamente índios, deram ordem aos trabalhadores de duas propriedades totalmente produtivas com café, pimenta, mamão e maracujá, que saíssem das propriedades e levassem seus pertences alegando que as terras eram deles.
Os trabalhadores que foram pegos de supressas, reclamam de não ter para aonde ir e ainda se preocupam por ficar desempregados. Pelo outro lado, alguns donos de terras estão desesperados por ter essas propriedades como único meio de sobrevivência e muitos deles com contas a pagar e sem ter aonde tirar, já que estão impedidos de poder retirar a safra das propriedades.
A área sobre a demanda dos indígenas fica localizada no município do Porto Seguro, no extremo sul da Bahia e faz divisa com o Parque Nacional de Monte Pascoal. Os donos das terras alegam que as propriedades possuem documentação de regularização há seis décadas e muitas pertence às mesmas famílias há mais de 20 anos. Produz pimenta-do-reino, gado, maracujá, café e mamão e segue todos os critérios de preservação ambiental – mais de metade da área é mantida para preservação.
A última fazenda invadida na tarde desta terça-feira é possível ver um grupo de homens em uma caminhonete seguindo o casal e donos da propriedade chegando na sede da fazenda de café. Também nas imagens os índios já são visto no terreiro da sede da propriedade falando com os donos e funcionários das propriedades para deixar o local.
Na conversa o índio diz ao dono de uma das terras que se ele ganhar a reintegração de posse na justiça eles vão sair da terra, o dono pergunta, enquanto isso, posso continuar com a planação do maracujá já a terra já está preparada e as mudas no local e assim evitar um prejuízo maior, o índio disse que não. “Tem que sair todos e levar seus pertences”, conclui
Os proprietários contam que não tiveram mais acesso à sede das propriedades, aos maquinários próprios, os índios mandaram retirar de imediato e que eles não voltassem mais no local.
Os donos das terras já registaram boletins de ocorrência e já se preparam para dar entrada na reintegração da posse das propriedades na Justiça Federal. Apesar das ameaças e os prejuízos nas benfeitorias e com um número grande de empregos gerado nestas terras, os donos das propriedades nem sempre são bem sucedidos nas tentativas de requisitar a reintegração de posse.
Apesar desta área já ter isso ocupada em 2011 e a Justiça Federal ter dado ganho de causa aos produtores, os indignes insistem de que a área pertence a ales e que irão retomar todas as propriedades que encontram-se, na área reivindicada.
Os donos das propriedades lembram que a ação de ocupação tem levado pânico às famílias produtoras da região. “Temos centenas de produtores, famílias e colaboradores, além de empresas prestadoras de serviços e toda cadeia produtiva que são diretamente afetadas pela ocorrência e, também, pela absoluta insegurança que se instaurou a partir da verdadeira ameaça devido este conflito agrário, invasões e depredação das propriedades rurais produtivas nesta região do extremo sul, em justo receio de lesões aos mais comezinhos direitos de um cidadão” conta um produtor ao giro de notícias.
Apesar de muitas ocupações em menos de uma semana, não foi constatado violência física de ambas as partes.
A redação do giro e notícias não conseguiu contato com os indígenas ou seus representantes e deixa o espaço aberto para que eles possam se pronunciar se assim desejar.