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Funcionários da Fazenda Cristal, ao entorno do Parque Nacional de Monte Pascoal e que fica há 18km de Itamaraju, no Sul da Bahia, foram surpreendidos por um grupo de homens indígenas nesta sexta-feira (13/01/2023), ordenando que deixassem a propriedade de imediato e retiraram os pertences pessoais e os animais.
O dono da propriedade o senhor Weliton e que não estava na fazenda, falou com a reportagem por telefone, ele contou que a propriedade foi invadida por um grupo de aproximadamente 20 índios. Segundo ele, os índios autorizaram a retirarada dos pertences pessoais dos trabalhadores e os animais, más exigiram que deixassem uma vaca e 4 carneiros.
Ainda segundo o dono da propriedade, há terra invadida é de 90 hectares, sendo que 30 hectares é de mata consorciada com o cacau, a demais área da propriedade é de pastagem com criação de vacas leiteiras e açudes com criação de peixes. A fazenda ainda tem duas casas para os funcionários e uma sede bem estruturada com energia, internet, água encanada e uma barcaça grande para secagem do cacau.
Os trabalhadores da propriedade e suas famílias, tiveram que sair as presas e retirar seus pertences e as criações em 24h. Eles contam que não houve agressão, más tinha entre o grupo homens aramados.
Ainda de acordo com o dono da terra ele vai registrar um boletim de ocorrência na Polícia Civil de Itamaraju. Ele afirma que vai entrar com pedido de reintegração de posse na Justiça.
Os índios que vivem em uma Terra Indígena já demarcada reivindicam essa área com aproximadamente 50 pequenas e grandes propriedade e todas produtivas, segundo eles, toda essa área faz parte da Terra Indígena e cobram um grupo técnico para iniciar o trabalho de demarcação da área. Pelo menos 12 propriedades já foram ocupadas no final de 2022 e começo de 2023.
Pelo outro lado, produtores estão se reunindo para pressionar os governos estadual e federal e os deputados para tomar as devidas providencias com uma proposta sobre a definição das terras. A ocupações tem causado prejuízos incalculáveis aos agricultores que residem na área á mais de 40 anos e que fizeram grandes investimentos. Além das muitas famílias que estão desempregadas e muitas sem ter para onde ir.
“Os ânimos estão exaltados. Temos que debater essa situação com as autoridades competentes. É preciso que venham na região e ouvir as duas partes e chegamos em um acordo sem violência. Até o momento essa área pertence a nós produtores, temos documentos das terras, pagamos os impostos delas corretamente todos os anos, não podemos perder tudo que adquirimos com muito tralho de um dia para o outro, desabafa um outro produtor da região.
A redação do giro de notícias deixa espaço aberto para que os indígenas ou seus representantes possam se pronunciar.
