Um evento no colégio Jesus Moura na cidade de Guaratinga no Sul da Bahia, vem provocando um embate entre deputados e direção do colégio. Para os organizadores o evento seria um gincana com meninos vestidos de mulher e meninas vestidas de homens.
Após o evento iniciou-se, um embate nas redes sociais e chegou até a Assembleia Legislativa do Estado da Bahia, onde o deputado estadual, Samuel Junior e o deputado Leandrod e Jesus, gravaram vídeos criticando o evento e considerando que o evento não foi uma gincana, mas um ativismo LGBT.
Os parlamentares questionaram a temática do evento e prometeu fazer uma representação junto a Secretaria de Educação do Estado contra a diretora da unidade de ensino. Eles também criticaram pelo fato de um candidato a prefeito do PT, Rafael Gandhi, popularmente conhecido por Gandhi estar inserido no evento como mostra nas imagens.
Um vídeo gravado durante o evento mostra os alunos desfilando com roupas Unisex é em fotos com o candidato a prefeito. A direção reagiu dizendo que a instituição recebe todos as críticas do deputado Samuel Junior e repudia a sua atitude e chama de nojenta e também promete tomar todas as providências contra o deputado.
Muitas das pessoas que tem assistido as imagens do evento afirmam que o papel da escola é preparar futuros cidadãos e não fazer ativismo e discordam da temática do evento.
A direção do colégio emitiu uma nota e publicou nas redes sóciais. A nota também vem recebendo críticas dos Internautas pelos fatos de ser publicada sem assinatura da direção e escrita em papel vermelho da mesma cor do partido do candidato que esteve apoiando o evento.
Vejam a Nota
Segundo um morador do meio politico da cidade, o fato de apenas um candidato de um partido estar na escola durante o evento levanta-se, as suspeitas de que a direção possa estar favorecendo um lado político aonde na cidade existe dois candidatos. Neste caso a Justiça Eleitoral alerta que a publicidade eleitoral nas escolas é crime e cabe multa para o candidato e para a instituição, mas é necessário haver denúncias e provas da irregularidades. “O TRE fiscaliza, mas por meio de denúncia. Deve existir uma denúncia formal e a justiça eleitoral vai fazer a aplicação dessa multa.
Também não é uma prática legal a instituição - ou o docente – demonstrar seu posicionamento político ou pedir votos para determinado candidato, conforme informa o cientista político e professor universitário Humberto Dantas.
Para ele, esse apoio pode influenciar não só os estudantes, mas também a família dos alunos. Ele afirma que, em termos legais, o papel da escola deve ser o de não se posicionar.
Dantas orienta: “O que a instituição deve fazer é estimular seus alunos a olharem para a política como um canal real, legítimo e legal de transformação. Também deve explicar como funcionam as eleições e até pode abrir suas portas para múltiplos candidatos, de vários partidos, para a promoção de debates que sigam regras parecidas em termos de equilíbrio e de equidade”, destaca Dantas.