Após escândalo no INSS com roubo aos aposentados que que pode chegar a mais de R$ 6 bilhões e assinaturas necessária para CPI, Ministro Lupi sai do cargo.

Giro de Noticias - 02/05/2025 - 19:13


Carlos Lupi (PDT-RJ) pediu demissão nesta sexta-feira (02/05) e não é mais ministro da Previdência Social. Ele não suportou a pressão após a descoberta da fraude do INSS com desvio de aposentados e pensionistas de mais de R$ 6,3 bilhões, o que decretou o fim da sua passagem no governo Lula depois de se reunir com o presidente da República no Palácio do Planalto.

Carlos Lupi insiste em dizer que seu nome não foi citado em nenhum momento nas investigações em curso, que apuram as irregularidades no INSS já comprovadas pela PF e CGU. Em atas de reuniões deixaram claro que Lupi havia sido avisado sobre os descontos dos aposentados e pensionais por sindicatos sem autorização dos beneficiários e não tomou as devidas providências.

Na semana passada, a CGU (Controladoria-Geral da República) comunicou um desvio de mais de R$ 6,3 bilhões do INSS, resultando na demissão do então presidente do instituto, Alessandro Stefanutto.

Porém, mesmo com a saída de Stefanutto, deputados e senadores de oposição seguiram criticando o governo por manter Lupi no ministério. Além disso, documentos revelados pela imprensa mostraram suposta omissão do então ministro da Previdência Social.

Por conta disso, aliados de Lula passaram a pressionar o presidente para demiti-lo, já que o ministro se recusava a pedir demissão. No entanto, de quinta para sexta, Lupi foi convencido a deixar o ministério. Membros do PDT afirmaram que ele seguiria alvo, caso continuasse no cargo.

Lula escolheu o procurador federal Gilberto Waller Júnior como presidente do órgão no lugar de Alessandro Stefanutto e, durante seu pronunciamento do Dia do Trabalhador, relatou que determinou o ressarcimento pelas associações aos brasileiros afetados.

"Determinei à Advocacia-Geral da União que as associações que praticaram cobranças ilegais sejam processadas e obrigadas a ressarcir as pessoas que foram lesadas", comunicou.

O que mais agravou a situação foi que Lupi chegou a admitir que sabia das irregularidades, mas que aguardou que os casos fossem investigados. Ele também confessou não ter ideia da dimensão da fraude que ocorreu no INSS.

Lupi comanda o PDT desde 2003, tendo grande histórico de aliança com governos petistas. Ele foi ministro do Trabalho e Emprego de 2007 a 2011 no governo de Dilma Rousseff e acabou pedindo demissão após denúncias de desvio de dinheiro dentro do ministério.

O Novo Ministério da Previdência Social será ocupado pelo ex-deputado e número 2 de Lupi, Wolney Queiroz. A decisão ocorreu com a concordância do ex-ministro e também do presidente da República.

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