A Força Penal Nacional começa a atuar no Conjunto Penal de Eunápolis após ataques a agente do presidio e a fuga de 16 detentos.

Giro de Noticias - 02/06/2025 - 18:50


A Força Penal Nacional (FPN) realizou, nesta segunda-feira (2), uma vistoria geral no Conjunto Penal de Eunápolis, no extremo sul da Bahia. A ação ocorreu após recentes episódios de violência relacionados à unidade, incluindo ataques atribuídos a detentos e uma tentativa contra a vida de um motorista que atua no presídio.

Durante a operação, os agentes federais acompanharam os policiais penais do Grupamento Especializado em Operações Prisionais (Geop) em procedimentos de revista nas celas. Também foi realizada uma inspeção em toda a área externa da unidade, incluindo os acessos de visitantes, estacionamento, guaritas, posto de observação e o pátio de banho de sol.

A atuação da FPN no presídio ocorre em cooperação com a Superintendência de Gestão Prisional (SGP), órgão vinculado à Secretaria de Administração Penitenciária da Bahia. A iniciativa faz parte de um convênio de cooperação vigente, formalizado por meio de portaria do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Coordenada pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), a Força Penal Nacional é composta por policiais penais federais e estaduais. Participam da equipe representantes do Distrito Federal e dos estados de Goiás, Tocantins, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Sergipe, Ceará, Paraíba, Amapá, Roraima e Bahia.

A operação foi definida como de "caráter episódico e planejado" e tem o objetivo de apoiar na gestão prisional, treinamento e capacitação, conforme o que determina a portaria assinada pelo ministro Ricardo Lewandowski.

Desde uma fuga em massa ocorrida no Conjunto Penal de Eunápolis na noite de 12 de dezembro de 2024, após um grupo de homens armados invadir o local e trocar tiros com os seguranças, o sistema no presidio vem enfrentando vários problemas.

Após a fuga, diretores e coordenador da unidade penal foram afastados e a Seap determinou intervenção de 30 dias no local.

Em 16 de janeiro deste ano, um dos 16 presos morreu após uma troca de tiros com policiais civis. Outros 15 detentos seguem foragidos.

Uma semana depois, a ex-diretora da unidade, Joneuma Silva Neres, foi presa por suspeita de facilitar a fuga. As investigações apontaram que ela também tinha ligação com uma organização criminosa da cidade.

De acordo com a Seap, o episódio do dia 12 de dezembro foi o primeiro registrado no estado em que um presídio foi invadido desse modo. Na ação, oito homens trocaram tiros com agentes de segurança e facilitaram a fuga dos internos, segundo as investigações.

O objetivo do grupo era libertar Edinaldo Pereira Souza, o "Dadá", apontado como chefe da facção criminosa Primeiro Comando de Eunápolis (PCE). Os outros 15 foragidos também integram a organização, segundo a polícia.

A Força Penal Nacional foi desguiada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública no Conjunto Penal de Eunápolis, no extremo sul da Bahia. A medida tem duração prevista de 30 dias e foi publicada no Diário Oficial da União na quarta-feira (28). Os agentes chegaram à cidade neste sábado (31/05/2025).

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