Três PMs são condenados após morte de comerciante em Teixeira de Freitas; caso completou 15 anos

Giro de Noticias - 26/09/2025 - 10:43


Um júri popular condenou três policiais militares na noite desta quinta-feira (25) em Teixeira de Freitas, no Extremo Sul da Bahia. Os três são acusados pela morte do comerciante Gilberto Arueira de Azevedo. O crime ocorreu no dia 24 de setembro de 2010. Um julgamento havia sido realizado em 2019, condenando apenas um dos policiais, mas foi anulado pela Justiça.

Segundo o Teixeira News, o julgamento durou mais de 11 horas e já por volta das 21h20 saiu a sentença que reconheceu que os policiais confundiram a vítima, Gilberto Arueira de Azevedo, de 40 anos na época, com Raimundo de Abreu Alves, conhecido como “Thor”, acusado de assaltar uma loja de celulares minutos antes e de ter feito um dos militares refém.

O juiz Gustavo Vargas Quinamo, substituto da Vara do Júri e Execuções Penais da Comarca de Teixeira de Freitas, leu o veredito. No entendimento do conselho de sentença, formado por quatro mulheres e três homens, o policial Wanderson Ferreira da Silva induziu os colegas ao erro ao apontar Gilberto como alvo.

Por isso, foi condenado por homicídio doloso a 12 anos de prisão, além da perda do cargo público. Apesar da pena, ele poderá recorrer em liberdade, por ser réu primário, ter bons antecedentes e apresentar bom comportamento processual.

Já os policiais Santo Aparecido Andrade Moreira e Aurélio Sampaio da Costa foram condenados por homicídio culposo. Os jurados consideraram que eles agiram sem intenção de matar ao confiar na indicação equivocada. Eles receberam penas de 1 ano e 8 meses de prisão, em regime aberto, sem perda das funções.

O julgamento contou com a participação dos promotores Gilberto Ribeiro de Campos, Jorge Augusto Nabuco Peltier Cajueiro e do advogado de acusação Gean Prates, que sustentaram a tese de condenação. Na defesa, atuaram os advogados Bruno Teixeira Bahia e Alex Santiago, que pediram a absolvição dos réus, alegando que o crime ocorreu em circunstâncias excepcionais.

O promotor Gilberto Campos afirmou, após a sentença, que o Ministério Público esperava punições mais severas. Já o advogado de defesa Bruno Teixeira Bahia disse que vai analisar os fundamentos da decisão antes de definir os recursos. 

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