Indígenas envolvidos na morte de uma indígena que foi espancada e incendiada até a morte tem Prisão Preventiva decretada pela Justiça durante audiência de custódia

Giro de Noticias - 18/07/2024 - 19:38


Durante audiência de custódia, realizada às 13h desta quita-feira,18/07, a prisão em flagrante dos quatro indígenas, investigados pela morte de Miscilene Dajuda Conceição, foi convertida em Prisão Preventiva pela Justiça durante a audiência de custódia, realizada pelo Juiz de Direito, Dr. Gustavo Vargas Quinamo, que responde pela Comarca do Prado.

Os quatro indígenas sendo um deles o cacique Baia da Aldeia Águas Belas, na região do Corumbauzinho, município do Prado, são acusados de ter cometido um crime bárbaro contra a mulher indígena na noite de domingo,14/07.

Segundo apurado pela polícia civil durante as investigações, o indígena Lucimar Rocha da Silva, 40 anos, marido de Miscilene Dajuda Conceição, morreu durante um incêndio em sua residência, ocorrido por volta das 19h do dia de domingo, 14, provocado por ele mesmo, que teria jogado gasolina e ateado fogo em cédulas de dinheiro, ocasião em que perdeu o controle das chamas, iniciando-se o incêndio de sua casa.

O fato teria ocorrido após uma discussão com sua companheira, em torno da divisão dos valores auferidos de artesanatos, vendidos pelo casal no sábado. Foi em tal momento que ele, alcoolizado e chateado, teria jogado as notas de dinheiro no chão e ateado fogo.

A companheira dele, Miscilene Dajuda Conceicao, 44 anos, conseguiu sair da casa a tempo; mas ele não conseguiu e morreu carbonizado. Em face disso, um irmão de Lucimar (45), morador da aldeia vizinha, Aldeia Águas Belas, dirigiu-se ao local e, com apoio do cacique Baia (38); e do pai (74) e do irmão do cacique (34), também parentes do morto, espancou Miscilene até a morte.

Segundo os relatos de testemunhas oculares, Miscilene foi atirada na casa em chamas e quando conseguia sair do fogo, era novamente espancada e empurrada novamente para dentro do imóvel.

Enquanto os terríveis fatos eram praticados por seu cunhado (irmão de Lucimar) e pelo pai do Cacique da Aldeia Águas Belas, as testemunhas presentes eram ameaçadas pelo Cacique e o irmão do cacique da referida Aldeia Águas Belas, para não interferirem, pois diziam que “era coisa de família” (referido cacique também tinha parentesco com Lucimar). Durante a sessão de tortura, a vítima Miscilene não resistiu e morreu antes de ser socorrida.

Em face dos fatos evidenciados nas investigações, as equipes da Polícia Civil, de forma contínua, diligenciaram na Aldeia Águas Belas, onde efetuaram a prisão do Cacique, de seu irmão e seu pai. O irmão de Lucimar foi preso no Instituto Médico Legal de Itamaraju, onde se encontrava realizando os procedimentos para a liberação do corpo de seu irmão.

Durante seu interrogatório, o irmão de Lucimar alegou não lembrar de nada do que ocorreu. Informou, pois, que nem negava, nem afirmava a autoria do crime. Já os demais envolvidos, não obstante os diversos depoimentos colhidos, negaram a participação nos fatos.

Formalizado o Auto de Prisão em Flagrante, os quatro indígenas foram colocados à disposição da Justiça e durante audiência de custódia, realizada nesta quita-feira,18/07, a prisão em flagrante dos quatro indígenas, acusados pela morte de Miscilene Dajuda Conceição, foi convertida em Prisão Preventiva.

FONTE 8ª COORPIN/TEIXEIRA DE FREITAS

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