Na operação que cumpriu mandado de busca contra prefeito de Ilhéus, Mário Alexandre (MDB e aliado, a PF apreendeu R$ 915 mil em espécie

Giro de Noticias - 26/09/2024 - 13:23


A Polícia Federal cumpre mandados de busca e apreensão contra o prefeito de Ilhéus (BA), Mario Alexandre (MDB). A investigação apura crimes como corrupção, desvio de recursos, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. As informações são do G1.

As buscas, autorizadas pela Justiça Federal, ocorrem na casa e no gabinete de Mario Alexandre. Também é alvo da operação Bento Lima (PSD), candidato a prefeito apoiado por Mario Alexandre e ex-secretário de Gestão de Ilhéus; o ex-procurador-geral de Ilhéus Jefferson Domingues Santos; mais duas pessoas; e duas empresas.

Os mandados cumpridos durante a Operação Barganha são cumpridos em Ilhéus, Itabuna, Vitória da Conquista, Salvador e Lauro de Freitas, na Bahia.

Na casa de um dos empresários investigados, a Polícia Federal encontrou quantia superior a R$ 700 mil em dinheiro. Os outros R$ 215.990,00 foram localizados em outros endereços. Os nomes dos alvos destas buscas específicas ainda não foram divulgados.

Segundo informações, a apuração da Polícia Federal se baseia na delação premiada de um alvo de operação anterior da PF responsável pela investigação de desvio de dinheiro federal destinado ao enfrentamento da Covid.

Segundo a delação, homologada pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), com participação do Ministério Público Federal (MPF), o prefeito Mario Alexandre negociou o recebimento de propina em um contrato de serviços de coleta de lixo fechado de forma irregular pela Prefeitura de Ilhéus. O então procurador Jefferson Santos deu o parecer favorável à contratação, apesar de indícios de irregularidades.

Pelo acordo, o prefeito Mario Alexandre ficaria com metade do lucro obtido pela empresa contratada.

A Polícia Federal contabilizou R$ 915.990,00 em espécie apreendidos na operação desta quinta-feira (26), que investiga um esquema de pagamento de propina a agentes públicos, para que as empresas investigadas fossem beneficiadas com contratos na Prefeitura de Ilhéus (BA).

O prefeito Mário Alexandre (MDB), um dos alvo dos 17 alvos mandados de busca e apreensão, a PF realizou buscas na casa do chefe do executivo municipal e na Prefeitura.

A polícia aponta a existência de um esquema de pagamento de propina a agentes públicos para que as empresas investigadas fossem beneficiadas com contratos na gestão municipal.

Os ajustes entre empresários e agentes públicos eram realizados antes mesmo da realização da licitação e definiam a empresa que seria vencedora.

Além do direcionamento das licitações, a apuração constatou o superfaturamento dos serviços em dezenas de contratos, fraude documental, crime de organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Os contratos investigados envolvem valores superiores a R$ 45 milhões. “A atuação dos agentes públicos ocasionou desvios de recursos públicos na área de saúde, educação e limpeza urbana”, diz a PF em nota enviada à imprensa.

Os investigados podem responder pelos crimes de frustação do caráter competitivo da licitação, fraude em licitação ou contrato, corrupção passiva, corrupção ativa, falsidade ideológica, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

A operação foi batizada de “Barganha” com referência à troca de benefícios, uma espécie de moeda de troca para a assinatura de contratos, no qual as duas partes eram beneficiadas em detrimento do erário público, segundo a PF.

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