Uma família do Assentamento Margarida Alves, zona rural do município de Itabela, no sul da Bahia, teve a casa derrubada na noite de quinta-feira (14/11/2024). A família mora em um pequeno lote no assentamento há cerca de 13 anos e afirma que o terreno pertence a ela e que ela tem todos os documentos que garante a ela a posse da propriedade.
Na noite de quinta-feira, a assentada, Rosilda de Jesus Santos e seu esposo não estavam no Assentamento, eles teriam ido para o distrito de Caraiva, no interior de Porto Seguro. Um grupo de homens encapuzados chegaram na casa dela que estava sem ninguém e estacionaram um caminhão de cor branca e colocaram todos os móveis e eletrodomésticos da casa na carroceria do caminhão.
Eles ainda derrubam a casa de madeira e embarcaram todas as madeiras no caminhão e fugiram tomando rumo ignorado. Rosilda suspeita que a ação criminosa foi arquitetada poa alguns líderes do assentamento.
Rosilda de Jesus Santos, enviou um vídeo a redação do giro de notícias, aonde ela faz um apelo as autoridades que tomem as devidas providências. No védio ela cita dois líderes do assentamento, Gildazio Souza Trindade e Tiago Souza.
No começo do ano, Rosilda de Jesus Santos, denunciou Gildazio Souza Trindade e Tiago Souza por perseguições e ameaças. Ela chegou a mover uma ação judicial contra os dois dirigentes do Assentamento Margarida Alves. Ela alega no processo que havia sido ameaçada de ser expulsa de sua propriedade.
Em 21 de agosto de 2024, a Juíza, Tereza Julia do Nascimento, titular da Comarca de Itabela, concedeu a sentença favorável a denunciante após os citados não apresentarem contestação e foi julgado à revelia do processo.
As imagens da destruição da caça chamaram atenção nas redes sociais pela violência com que foi executada. Rosilda e seu companheiro são assentados nesta área desde 2011. Ela mostra no vídeo as plantações de cacau, pimenta, urucum, cupuaçu, entre outras.
Em contato com a redação do giro de notícias, Rosilda disse que não descarta que tem gente do meio do movimento envolvidos nesta ação violenta contra sua casa e os seus bens que foram todos furtados.
Ela disse que não tem ainda as provas suficientes para formular uma acusação as determinadas pessoas, “mas os fatos estão muito evidentes, como um caminhão vai entrar em um Assentamento e retirar uma mudança, demolir um casa sem que ninguém da diretoria impeça”, concluiu
O advogado de defesa da família reforça a tese de perseguição. Em contato com sua cliente, orientou que ela registre o casso na delegacia de polícia civil e disse que vai pedir anexação deste fato novo ao processo já existente.
Ele vai pedir uma investigação dos fatos e almeja uma indenização para reconstrução da casa e a devolução dos bens furtados. Para o advogado, os culpados serão responsabilizados criminalmente.
Rosilda apresentou vários documentos que comprovam a legalidade de ser dona de seu pedaço de chão e que assegura a ela o direito de prosperidade.
A reportagem do Giro de Notícias não conseguiu falar com os dirigentes do Assentamento Margarida Alves e deixa o espaço aberto para quaisquer esclarecimentos sobre o ocorrido.