Na última quarta-feira, 22/01, o ex-prefeito de Eunápolis, Neto Guerrieri, utilizou suas redes sociais para manifestar sua preocupação com os planos do atual prefeito, Robério Oliveira, de privatizar o hospital regional da cidade.
Em um vídeo divulgado, Guerrieri alertou para os impactos negativos que essa medida pode ter sobre os profissionais de saúde, destacando que a privatização pode resultar na perda de férias e na redução dos salários desses trabalhadores.
O ex-prefeito lembrou que a privatização do hospital regional já foi realizada anteriormente pela ex-prefeita Cordélia Torres, resultando em um verdadeiro desastre. Segundo Guerrieri, muitos funcionários da unidade foram obrigados a recorrer à justiça para receber seus salários, evidenciando os riscos que a privatização traz não apenas para os profissionais, mas também para a qualidade do atendimento à população.
“Os profissionais de saúde que trabalham arduamente para salvar vidas merecem respeito e dignidade em seu trabalho. Não podemos permitir que essa situação se repita”, afirmou Guerrieri em seu vídeo.
A privatização está no centro do debate econômico brasileiro desde a década de 1980, as privatizações, que consistem na venda de empresas ou instituições públicas à iniciativa privada, continuam gerando polêmica no Brasil.
Para além da simples transferência de posse de um ativo público para as mãos de alguma empresa privada, tirando do Poder Público a função de gerir ou controlá-la, as privatizações também moldam um debate ideológico sobre o tamanho e o papel do Estado na condução da economia.
Os argumentos de quem é contrário às privatizações centram-se na capacidade do Estado de ter uma visão de investimentos de longo prazo, tolerando prejuízos em certos períodos da operação, e na atuação em setores em que a iniciativa privada não possui interesse, porque não são lucrativos.
Quem é contra diz que a entrega de empresas à iniciativa privada faz com que o Estado perca a capacidade de investimentos de longo prazo. Outro argumento é de que uma empresa privada não é sempre mais capaz de gerir os recursos do que a pública
A região tem exemplos claro, que mostra que a privatização de hospital como o Regional não é bom para a população. Isso acorreu em Eunápolis com o chamado hospital da covid e vem ocorrendo com o hospital Luiz Eduardo de Porto Seguro que é gerenciada por iniciativa privada, Instituto de Gestão e Humanização (IGH).
O hospital que apresenta números problemas até de solários de profissionais como tem ocorrido passou por um processo licitatório realizado para escolher uma organização social administrar o Hospital aonde a empresa, Instituto de Gestão e Humanização (IGH) foi o vencedor e receberá um contrato de R$ 425.358.381,00 para operar a unidade por cinco anos, além de R$ 2.041.950,00 destinados ao custeio de Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPMEs).
A concorrência, publicada no Diário Oficial em outubro do ano anterior, foi conduzida de acordo com a portaria nº 17 de 17 de outubro de 2023, que tinha como objetivo estabelecer um novo contrato de Gestão Operacional e Execução das Ações e Serviços de Saúde no HRDLEM.
Portanto transferir responsabilidade que é da Gestão Municipal em convenio com o estado e federação, para entregar a uma empresa privada, pode ser um retrocesso e servidores e população serão os mais atingidos neste processo que não vem dando certo em lugar nenhum do Bahia.