Cerca de 100 pessoas se reuniram no início da manhã desta quarta-feira (19/02/2025) e interditaram a BR-101, na chegada da cidade de Itabela, para pedir a liberdade do Professor, Ronaldo Ramos de Souza. Ronaldo foi preso no dia,13/10/2024, no povoado de Corumbau, interior do Município do Prado, no sul da Bahia.
Ronaldo responde pelo crime de agressões contra o Capitão da PM, Francisco Vasconcelos, de 38 anos. De acordo com a família e amigos, Ronaldo não estava no local no horário em que aconteceu o crime contra o PM.
Segundo familiares e amigos de Ronaldo, ele não estava entre os agressores que agrediram o policial. De acordo com eles, “Ronaldo foi preso inocente, no momento das agressões ao policial, Ronaldo estava dormindo em uma casa aonde estava hospedado”, conta um parente.
Intenda o caso
O professor, Ronaldo Ramos de Souza, foi preso na manhã de domingo,13/10/2024, no povoado de Corumbau, interior do Município do Prado, no sul da Bahia. Ele é acusado pelo espancamento do Capitão da Policia Militar, Francisco Vasconcelos, de 38 anos, ocorrido na madrugada de domingo do mesmo dia,13/10/2024, no povoado de Corumbau.
O professor, Ronaldo Ramos de Souza, nega qualquer envolvimento no caso, um familiar conta que Ronaldo estava no povoado e foi a uma festa com a família e lá acabou sendo confundido pelo polícial que chegou ao local acompanhado de uma pessoa e ouve um pequeno desentendimento do policial com ele, o que fez com que ele fosse embora da festa.
Na madrugada o Capitão da PM foi agredido por um grupo de pessoas e Ronaldo foi arrolado como um dos agressores. Segundo o advogado dele e familiares, Ronaldo é vítima e não agressor, eles contam que logo que o PM chegou ao local ouve uma agressão do mesmo contra Ronaldo por um gesto que ele fez para um casal da festa e foi confundido como se tivesse feito para a companhia do PM que desferiu um soco em Ronaldo.
Com a palavra o Advogado Dr. Rafael Rosa
A reportagem falou com o Advogado Dr. Rafael Rosa, defensor do professor Ronaldo. “Ele foi indiciado pelo delegado de polícia de Prado, por ter sido acusado de praticar agressões físicas junto com outras pessoas, contra um tenente da polícia militar.
“Ao receber o inquérito policial, o promotor de justiça, aquele que é titular da ação penal, quem decide que se denúncia ou não, entendeu, pelas provas colhidas durante o inquérito, que o senhor Ronaldo não participou das agressores perpetradas contra o policial. O promotor se baseou no depoimento da cunhada do policial e no depoimento de uma mulher que explicou que deixou Ronaldo em casa em momento anterior ao horário das agressões”.
“Com esse entendimento, o Promotor decidiu não denunciar o senhor Ronaldo, mas mesmo assim, o juiz manteve o Ronaldo preso e encaminhou os autos para a segunda instância do ministério Público para substituir o promotor”.
“Ao que parece, o fato da suposta vítima ser policial, estão cometendo uma injustiça muito grande, com a justificativa de dar uma resposta a sociedade”.
“Não se pode e nem deve manter preso alguém que sequer foi denunciado e sem responder criminalmente pelo crime que lhe acusaram em primeiro momento”.
“Quando da análise das provas, o promotor entendeu que Ronaldo não teve qualquer envolvimento com o crime a ele imputado”, finaliza O advogado, Rafael Rosa
Durante o movimento que ocorreu de forma pacifica na BR-101, em Itabela e que durou um pouco mais de meia hora, alunos, professores e familiares de Ronaldo, usando camisetas com a foto do professor e cartazes com frases, “Lugar de Professor é na Escola”, entre tantas outras com pedido de liberdade, foram exibidas durante o manifesto.
Emocionada a irmã de Ronaldo, a professora ridalva, falou com a reportagem, reafirmando que seu irmão está preso injustamente, “ele é inocente, ele não estava no momento das agressões contra o policial, quero pedir a todos que façamos uma oração para o militar, que ele se recupere e reflita bem sobre tudo, meu irmão não o agrediu, ele é um professor dedicado, respeitador, não tem histórico de agressão a quem quer que seja, faço um apelo que busque os verdadeiros culpados e libere Ronaldo, ele não praticou esse crime”. Finaliza
A polícia chegou ao local, mas o movimento já estava terminando e não houve transtorno. Durante o movimento carros com pessoas idosas, crianças e ambulância, eram liberados.