O ex-prefeito de Salvador e vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto, criticou a condução do governador do estado, Jerônimo Rodrigues (PT), diante da escalada de conflitos entre indígenas e produtores rurais no extremo sul. Segundo Neto, o envio da Força Nacional à região é consequência direta da omissão do governo estadual.
“A situação no Extremo Sul chegou a um ponto tão grave que o Estado perdeu completamente o controle. Jerônimo teve que pedir socorro à Força Nacional. Tudo isso é resultado da omissão do próprio governo, que deixou as invasões crescerem até virar um conflito fora de controle”, afirmou ACM Neto.
A presença da Força Nacional foi autorizada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, com apoio do Ministério dos Povos Indígenas e do Movimento Unido dos Povos e Organizações Indígenas da Bahia (Mupoiba). A medida ocorre após o agravamento da tensão na região, marcada por disputas de terra e episódios de violência.
Para ACM Neto, o governo da Bahia falhou em prevenir a crise, permitindo que o problema tomasse proporções tão grandes a ponto de depender da intervenção federal: “Isso é reflexo de anos de descaso com a segurança no campo e falta de mediação efetiva por parte do Estado”.
A crise alarmante na Segurança Pública nesta região começou em 2014 com a morte de um pequeno produtor rural, Raimundo Domingues Santos, que foi morto por indígenas e teve o corpo ocultado e até hoje não foi encontrado. O crime ocorreu no dia 09 de agosto de 2014, próximo da Fazenda Brasília, situada na zona rural de Porto Seguro, a 707 km de Salvador.
A disputa por terras nesta região tem provocado muitos conflitos entre fazendeiros donos de terras aos arredores das aldeias e os indígenas. Desde lá que crimes de roubos, furtos, invasões e mortes vem ocorrendo. Se os governos estadual e federal tivessem tomados medidas de resolver a situação tales hoje não seria precisos essa intervenção.